Gigante florestal é maior produtora e exportadora de papéis do país

A Klabin tem 578 mil hectares de florestas plantadas de pínus e eucalipto nos estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo

Empresa centenária, a Klabin é líder em produção e exportação de papéis para embalagens no Brasil. Com foco em sustentabilidade, a empresa tem capacidade de produção de 2,1 milhões de toneladas de papel por ano e 1,6 milhão de tonelada de celulose por ano. São mais de 25 mil colaboradores espalhados pelo país.

A Klabin S.A é uma sociedade anônima de capital aberto, com 24 fábricas no Brasil e uma na Argentina. É a maior produtora e exportadora de papéis para embalagens do país e líder na produção de embalagens de papel. Foi fundada como Klabin Irmãos e Cia. (KIC) em 1899 por Maurício Klabin, seus irmãos Salomão Klabin e Hessel Klabin, e seu primo Miguel Lafer. A empresa começou importando produtos de papelaria e produzindo artigos para escritórios, comércios, repartições públicas e bancos.

Em 1934, a Klabin adquiriu a Fazenda Monte Alegre, no Paraná, onde construiu a primeira fábrica de papel e celulose integrada do Brasil. Entre 1968 e 1974, ocorreu a expansão da Klabin pelo Brasil, com fábricas nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste. A abertura de capital na bolsa foi feita em 1979.

Hoje a Klabin é a única companhia do mercado brasileiro a oferecer soluções em celuloses de fibra curta, fibra longa e celulose fluff, e líder nos mercados de embalagens de papelão ondulado e sacos industriais. As atividades florestais e industriais da Klabin baseiam-se no conceito de sustentabilidade e com foco em um futuro renovável para preservar a biodiversidade e o equilíbrio dos ecossistemas nas regiões onde atuam.

A empresa, estabelecida há mais de 120 anos, e que conta com 23 unidades industriais (22 no Brasil e uma na Argentina), declara que sua atuação em prol de uma economia de baixo carbono já é realidade há alguns anos. Reduziu suas emissões específicas de gases causadores do efeito estufa (GEE) em 60% entre 2003 e 2019.

 Capacidade de produção

A preocupação com a sustentabilidade tem permeado todas as ações da Klabin, uma das maiores produtoras e exportadoras de papéis para embalagens de papel do Brasil. A empresa, líder nos mercados de papelão ondulado e sacos industriais, se orgulha em ser, até o momento, a única companhia brasileira do setor de celulose e papel presente no Índice Mundial de Sustentabilidade da Dow Jones. O indicador destaca as empresas com melhor performance global com base em critérios econômicos, ambientais e sociais de longo prazo.

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Foto: Divulgação

De acordo com Francisco Razzolini, diretor de Tecnologia Industrial, Inovação, Sustentabilidade e Projetos da Klabin, o embasamento científico para a definição de metas de redução de GEEs é uma premissa importante, que faz parte das recomendações das Organização das Nações Unidas (ONU) e da COP 26 para o tema – e, portanto, que deve ser levado em consideração pelas empresas.

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Foto: Divulgação / Klabin

“A jornada empresarial em prol da descarbonização da economia é longa e requer iniciativas de impacto positivo nas cadeias produtivas. É preciso que as empresas acelerem seus processos de redução de emissões para garantir que será compensado apenas o que não for passível de ser zerado”, explica o executivo.

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Foto: Divulgação

Para fomentar o tema no setor privado, a Klabin, em parceria com a Rede Brasil do Pacto Global da ONU, lançou o movimento ImPacto NetZero, que convida as empresas a avaliarem a adoção de metas de redução de emissões de gases de efeito estufa, com base na ciência, e a sociedade a se engajar na causa em prol de um planeta mais sustentável.

“Acreditamos que compartilhar experiências sobre os benefícios da inclusão da sustentabilidade como parte essencial das estratégias de negócios ajuda a mobilizar mais atores na causa, contribuindo para o futuro sustentável que todos nós queremos para o planeta”, resume Razzolini.

Projeto Puma 2 

A Klabin dá mais um passo importante em sua estratégia de crescimento com o startup da primeira máquina de papel (MP27) do Projeto Puma II, localizado em Ortigueira (PR), o maior investimento da história da companhia. Com capacidade produtiva de 450 mil toneladas, a MP27 dá início à produção do Eukaliner, o primeiro papel kraftliner do mundo feito 100% com fibras de eucalipto.

O Projeto Puma II é resultado do aporte de R$ 12,9 bilhões feito pela Klabin na construção de duas novas máquinas de papel até 2023, com produção de celulose integrada. Trata-se de um importante marco no ciclo de expansão pelo qual a companhia vem passando e que reforça sua capacidade de crescimento sustentável aliado à tecnologia.

Foto aerea do Projeto Puma II da Klabin, na cidade de Ortigueira, no Paraná/ Fonte: Klabin
Foto aerea do Projeto Puma II da Klabin, na cidade de Ortigueira, no Paraná/ Fonte: Klabin

“Buscamos o que há de mais moderno para, assim como feito na Unidade Puma, tornar o Puma II referência mundial em sustentabilidade, tecnologia e inovação, alinhados aos princípios da indústria 4.0 e com o objetivo de oferecer ao mercado produtos de alta qualidade, gerando valor à Companhia e à sociedade, sempre em sintonia com as melhores práticas de saúde, segurança e buscando o desenvolvimento das comunidades do nosso entorno”, afirma Francisco Razzolini, diretor de Tecnologia Industrial, Inovação e Sustentabilidade da Klabin.

“O Eukaliner é o primeiro kraftliner do mundo feito exclusivamente a partir da fibra de eucalipto, um produto inédito e inovador que reúne uma série de diferenciais competitivos, entre eles uma estrutura mais robusta, permitindo a redução de gramatura das embalagens de Papelão Ondulado em até 10% com aumento de resistência, melhor qualidade de impressão e ainda atributos de sustentabilidade, já que utiliza menos recursos para produção do mesmo volume de papel”, explica Flávio Deganutti, diretor de Papéis da Klabin.

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Foto: Divulgação

Super máquina colhe árvores

Colher árvores que podem chegar a alturas de 30 a 40 metros, como ocorre com o eucalipto e o pinus, as duas principais madeiras plantadas no Brasil para a produção de celulose e papel, é um desafio da agroindústria. E se as árvores estiverem em áreas de terreno acidentado, como existem no Sul do país, o desafio é ainda maior que as árvores das regiões planas de cultivo, como em Mato Grosso do Sul, um dos principais polos do Centro-Oeste.

O equipamento realiza todas as etapas da operação, que geralmente necessita da utilização de até três máquinas diferentes para a extração e processamento da planta no método full tree — modalidade em que se derruba a árvore com galhos e copa intactos, processando individualmente cada parte em um produto diferente destinado à indústria.

Para desenvolver a super colhedora, a Klabin fez uma parceria com a fabricante finlandesa Ponsse. Há motivos de sobra para a escolha. A companhia foi pioneira em seu país, ainda na década de 1970, a investir em máquinas de colher árvores plantadas. No gelado país do extremo norte da Europa, a indústria de base florestal é fundamental à sua economia desde o século 17. O país, que tem o tamanho do estado de Goiás, possui quase 70% de seu território tomado por florestas, entre áreas cultivadas e reservas naturais.

As duas primeiras super colhedoras começaram a operar recentemente. A cena de uma delas no campo mostra uma das maiores do mundo na sua categoria. Pesa 24 toneladas, 10 a menos que a mais robusta hoje em operação. A Klabin tem 578 mil hectares de florestas cultivadas nos estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo. A meta é colocar mais duas em operação no curto prazo, mas olha com atenção aumentar a frota.

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Foto: Divulgação

Exemplos de ações sustentáveis da Klabin

  • Áreas plantadas: em média 100 árvores plantadas por minuto e 248 mil hectares de florestas nativas, mais do que a soma das áreas dos municípios de São Paulo e Curitiba;
  • Preservação: a Klabin mantém 43% de área florestal destinados à conservação e à manutenção da biodiversidade;
  • Menos água: são 24 m³ de água consumidos por tonelada de celulose produzida, frente à média de 30 m³ por tonelada usualmente consumidos numa fábrica tradicional;
  • Matriz energética: a participação de combustíveis renováveis na matriz energética é de 90%, demonstrando que a sustentabilidade é um dos principais alicerces da gestão dos negócios da Klabin.

A Klabin garante estar empenhada em aumentar a utilização de fontes renováveis de energia em sua matriz operacional. Atualmente, as fontes de energia renováveis utilizadas pela Klabin estão estruturadas em três pilares principais: a queima de licor negro (um subproduto gerado no processo de cozimento da madeira, que contém os constituintes da madeira que não a celulose), caldeiras movidas a biomassa (que utilizam cascas, galhos, cavacos e resíduos do processo de picagem da madeira, não utilizados no processo de produção de celulose), e energia elétrica própria de geração hidráulica.

A Klabin conta com um time de pesquisadores divididos em dois espaços destinados à pesquisa para aperfeiçoamento da sua cadeia produtiva. Um, é o Centro de Pesquisa Florestal, na Lagoa, em Telêmaco Borba (PR), para estudos sobre o universo que envolve a cadeia florestal, como melhoramento genético, qualidade da madeira, estudo de solo e clima, adaptação genética, controle de pragas, biotecnologia entre outros.

Foto: Divulgação / Klabin
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