O investimento mais recente é um biofertilizante à base de peixe hidrolisado que é uma matéria prima 100% orgânica; é uma parceria entre Zé Neto e o Grupo Ambar Amaral
O cantor Zé Neto, que integra a dupla sertaneja com Cristiano, possui investimentos financeiros que vão de fazenda com criação de gado Nelore até uma frota de caminhões. Agora, o investimento mais recente é um biofertilizante organomineral à base de peixe hidrolisado. O produto é indicado para uma diversidade de culturas como soja, milho, cana de açúcar, hortaliças e citros.
O Biotil está sendo desenvolvido e testado há cerca de oito anos. A fábrica está localizada no município de Santa Fé do Sul, na divisa entre os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. E é uma parceria entre Zé Neto e o Grupo Ambar Amaral.
“Por ser aminoácido ele nutre a planta através da absorção foliar e quando aplicado via solo o produto vai atuar diretamente na exosfera da planta onde ele irá atuar diretamente como um alimento para os organismos existentes no solo,”, explicou Carlucio Fedossi, Engenheiro Agrônomo da Biotil ao portal Compre Rural.
O cantor contou que o produto inicialmente foi utilizado em sua propriedade e obteve resultados surpreendentes com acréscimo de oito toneladas a mais por hectare.
“‘Bio’ vem de biofertilizante e ‘Til’ e tilápia. Sempre houve a parte não a parte não comestível da tilápia, antes destinada a produção de farinha para proteína animal e óleo de tilápia na fábrica de ração, através de estudos para a utilização dessa matéria prima verde para produzir algo sustentável, chegaram a um biofertilizante organomineral repleto de benefícios para as plantas. Uma maneira de não prejudicar o meio ambiente, pois a maioria dos fertilizantes são químicos, isso faz bem para a humanidade, pois ele ajuda na agricultura e não agride o meio ambiente”, disse Zé Neto em entrevista. “Pensamos em como fazer um biofertilizante que não agride o meio ambiente, já que ele é um produto biodegradável que não agride a natureza”, completou Zé Neto.
Produto inovador
O produto é uma inovação no mercado e contribui para o meio ambiente. O grupo tem a capacidade de fornecer a Biotil matéria prima verde, nobre e natural de pescado para a produção de aproximadamente 70 milhões de litros de produto por ano, esse é o grande diferencial.
É um produto revolucionário do ponto de vista de biofertilizantes, com projeção de diminuir a dependência de agrotóxicos por potencializar a absorção dos mesmos, além de ser uma fonte de nutrição”, explicou o sócio da empresa, o empresário Ramon Amaral. Segundo Amaral, são 25 milhões de animais na fazenda, e o passivo na piscicultura é abundante nas empresas do Grupo, por isso a necessidade de criar um produto que aproveitasse todo o peixe.
“A gente fazia um composto e resultava num adubo orgânico com um resultado excepcional, mas como a matéria era sólida, ficava complicado o transporte” – conta o empresário.
“Na safra 25/26 teremos mais de 30 itens desse produto”, destacou Amaral. Segundo a empresa, o fertilizante fortalece as plantas com maior resistência a pragas e doenças, tornando-as mais resistentes, reduzindo a necessidade de defensivos agrícolas, além de melhorar a qualidade do solo, proporcionando um ambiente ideal para o desenvolvimento das culturas agrícolas. Na prática Experimentos em várias regiões do país demonstraram o resultado na prática do Biotil. Na Fazenda Kirei e Kacimba III do proprietário Eduardo Loeff em Paraíso das Águas, no Mato Grosso do Sul, o aumento na produtividade foi de 8,3% com a utilização do Biotil com 71,66 sacas por hectare de soja, um acréscimo de 5,92 sacas por hectares. Na Fazenda Planalto do produtor Wilson Romagnoli, em Nova São Joaquim, no Mato Grosso, o aumento na produtividade foi de 10,1% com o Biotil, resultando em 76 sc/ha, sete a mais do que antes da utilização do biofertilizante.
No município de Santa Fé do Sul, na Fazenda Anna Joaquina, de André Assunção, o produto foi aplicado na cultura do sorgo e apresentou um acréscimo de 11% na produtividade total com 19,02 sc/ha com o fertilizante. O produto também foi utilizado e aprovado em culturas como o milho, morango, abóbora e até jabuticaba.
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