Importações e crise econômica derrubam mais de 4 mi/l da produção de leite do RS e 20 mil famílias já deixaram o negócio
Desde 2006 importações do Uruguais avançam. As fraudes detectadas em 2015 também fecharam laticínios, com impacto entre os produtores, e desde então o estado caiu para 3º lugar entre as maiores bacias leiteiras do BR.
Vale do Taquarí foi uma das regiões mais afetadas e só entre em Teutônia 165 produtores familiares saíram do leite.
No estado do Rio Grande do Sul, os agricultores familiares optaram por não produzir mais leite em função das importações do Uruguai e da crise econômica no Brasil que afetou o consumo. Com isso, mais de quatro milhões de litros deixam de ser produzidas.
Segundo o Presidente do Sindicato dos Trabalhadores rurais de Teutônia e Westfália, Liane Brackmann, a região do Vale do Taquarí é responsável por produzir cerca de um milhão de litros diariamente.
“Nós diminuímos a produção com o número de produtores que deixam o setor em função das fraudes que foram descobertas em 2015. Porém, o leite do nosso estado é o mais fiscalizado”, afirma.
Apesar dos acordos que existem no mercosul, a liderança saliente que é preciso rever as realidades de cada país.
“A gente sabe que o mercado é livre, mas nós tivemos uma importação de leite liberada pelo o Ministério da Agricultura no segundo semestre de 2016 e nós dizíamos que isso iria gerar graves problemas aos produtores locais”, comenta.
Contudo, aproximadamente 20 mil agricultores familiares deixaram o setor em todo o estado, sendo que no município de Teutônia foram 165 produtores.
Atualmente, a referência do leite ao produtor referente ao mês de abril nas cooperativas está em torno de R$ 01,05 por litro.
“Esse valor é inviável, pois não cobre os custos de produção e não deixam margens de lucros. Ainda mais com aumento da soja e do milho nos últimos meses”, finaliza.
Por: Giovanni Lorenzon e Andressa Simão
Fonte: Notícias Agrícolas