Um produtor de leite perdeu suas vacas de produção, prejuízo superior a R$ 45 mil reais, por conta de uma intoxicação. Confira o vídeo abaixo da tragédia!
Segundo informações recebidas pelo vídeo, o produtor rural, que possui uma fazenda de leite, perdeu 12 de suas 13 vacas que estavam em estágio de lactação. Ao que tudo indica, os animais morrem com uma intoxicação no último fim de semana, trazendo grande tristeza e prejuízo. Confira o vídeo, as imagens são fortes!
O pecuarista, que tem propriedade localizada no município de Novo Tiradentes, no Rio Grande do Sul, deixou os animais na tarde de sábado, 05, em uma área de milho, em estágio inicial de desenvolvimento da lavoura, que por conta da seca, acabou não se desenvolvendo como esperado.
As lavouras de milho, quando em estágio de desenvolvimento inicial, trazem um grande risco para os ruminantes, esse fato se deve por conta da grande presença de carboidratos de rápida digestão. Quando os animais ingerem uma quantidade grande de espigas, a sua digestão causa uma rápida liberação de ácidos, causando a acidose ruminal.
Acidose ruminal é uma doença metabólica geralmente aguda, causada pela ingestão de grãos ou outros alimentos altamente fermentáveis em grandes quantidades. O caso serve de alerta para os pecuaristas de todo o país!
No caso em questão, a primeira suspeita é de que esse tenha sido o caso da morte dos animais em questão. Um prejuízo que, no valor de mercado dos animais, chega a mais ou menos R$ 45 mil reais. Sendo que, essas vacas faziam parte dos animais que geravam renda com a produção de leite.
Em casos como esse, é quase impossível que o animal seja salvo. Dependendo da quantidade ingerida e o tempo de ação do ácido no organismo, não há como utilizar soluções para tamponar, nem antitóxico que consiga reverter o quadro.
Após o vídeo, veja dicas para tentar mitigar o problema de acidose no seu rebanho e não ter prejuízos com a doença.
Confira o vídeo da tragédia, as imagens são fortes!
Tratamento da acidose ruminal
As principais medidas a serem tomadas se referem à evacuação da ingesta e correção da desidratação e da acidose. O uso de bicarbonato ou carbonato de magnésio, (200-450 g/animal) é satisfatório apenas nos casos leves, sendo, muitas vezes, necessário o uso de sonda para esvaziamento do conteúdo ruminal.
O uso de óleos e antifermentativos poderá ser útil para auxiliar a evacuação e para reduzir a absorção dos ácidos e das toxinas. Antibióticos, tais como a penicilina (5-10 milhões de UI/animal adulto) ou a tetraciclina (8-10 g/animal adulto), administrados oralmente, são capazes de controlar o crescimento de bactérias produtoras de ácido láctico.
A correção do desequilíbrio hidroeletrolítico (desidratação) deve ser feita por meio da administração endovenosa de soluções isotônicas e bicarbonato de sódio. É importante restringir o consumo de água em animais doentes, visto que o consumo exagerado de água pode causar indesejável distribuição dos fluidos corporais, com agravamento do desequilíbrio eletrolítico (MICHELL, 1990).
Anti-histamínicos podem ser usados para prevenção de intoxicação e laminite, embora seu uso ainda cause algumas controvérsias. O uso do cloridrato de tiamina é indicado.
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Durante o período de recuperação, o animal deve receber água e volumoso de boa qualidade, sendo os grãos reintroduzidos gradualmente à dieta do animal.
Prevenção da acidose ruminal
As medidas mais eficazes para este fim são aquelas que buscam evitar o acesso acidental de animais a grandes quantidades de grãos e a adoção de um bom esquema de adaptação, sendo os grãos introduzidos gradualmente à dieta do animal.