Vídeo: queima de fogos na Vaquejada do Parque Araguaia assusta cavalos e gera polêmica

Donos de haras e investidores do Quarto de Milha protestam diante da eventualidade da queima de fogos ocorrida na Vaquejada do Parque Araguaia. Até quando isso vai continuar acontecendo?

Um vídeo registrado durante a 1ª Vaquejada do Parque Araguaia, realizada entre os dias 1 e 6 de abril de 2025, em Taquaritinga do Norte (PE), acendeu o alerta em meio ao sucesso do evento. Durante a programação, uma queima de fogos de artifício assustou cavalos e gerou reações de indignação entre criadores, competidores e defensores do bem-estar animal.

O episódio rapidamente ganhou repercussão nas redes sociais, com apelos por mais responsabilidade por parte da organização e cobranças de posicionamento das entidades representativas da modalidade, como a Associação Brasileira de Vaquejada (Abvaq).

Vaquejada do Parque Araguaia: Um evento de prestígio ameaçado por falhas evitáveis

A Vaquejada do Parque Araguaia é considerada um dos eventos mais promissores do calendário nordestino. Com mais de R$ 500 mil em prêmios e uma estrutura planejada para receber competidores de alto nível, a disputa integra o Campeonato PIX.BET Portal, conhecido por reunir grandes nomes da vaquejada.

No entanto, mesmo com tamanho investimento e visibilidade, situações como o uso de fogos em locais próximos aos animais colocam em risco não apenas a integridade física dos cavalos, mas também a imagem do evento e da própria vaquejada como prática esportiva.

Reprodução Internet

Bem-estar animal: pilar que não pode ser ignorado na vaquejada

Desde que foi reconhecida como manifestação cultural e regulamentada por lei, a vaquejada passou a seguir normas rígidas de segurança e bem-estar animal. Em diversos haras, o investimento em genética, nutrição e treinamento dos animais é de alto padrão, tornando os cavalos atletas valiosos e exigindo cuidados extremos.

Por isso, ações como a queima de fogos durante a realização das provas ou em horários de descanso dos animais são vistas como imprudentes — e, mais do que isso, como uma ameaça ao esforço de valorização e profissionalização da modalidade.

E agora, Abvaq?

A comunidade da vaquejada aguarda um posicionamento oficial da Abvaq, tanto em relação à responsabilização pelo ocorrido, quanto sobre possíveis medidas preventivas para evitar novos episódios semelhantes. Entre os questionamentos mais frequentes, destacam-se:

  • Até quando falhas como essa serão tratadas com descaso?
  • Quem se responsabiliza pelos riscos causados aos animais?
  • Como garantir que o bem-estar animal seja prioridade real e não apenas discurso?

Reflexão para o futuro

Eventos como o do Parque Araguaia são fundamentais para o fortalecimento da vaquejada no Brasil. No entanto, a evolução da modalidade passa, necessariamente, pelo compromisso com o respeito aos animais, à segurança e à ética esportiva.

É hora de refletir: qual imagem queremos associar à vaquejada? A de uma tradição moderna, segura e respeitosa — ou a de um espetáculo manchado por erros evitáveis?

A valorização da cultura nordestina depende de escolhas conscientes. E a responsabilidade é de todos: organizadores, competidores, criadores e entidades representativas.

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