Utilizando um molde e uma resina, veterinários estão salvando os cascos dos cavalos e dando uma oportunidade de qualidade e bem-estar ao animal!
O casco dos equinos possuem uma grande importância na qualidade de vida e bem-estar do animal, já que esse é responsável pelo papel de sustentação e por garantir a locomoção deste. Sendo assim, antes de mais nada, é preciso dizer que qualquer rachadura, buraco ou dano no casco dos animais, serve como porta de entrada para microrganismo patogênicos. Utilizando um molde e uma resina, veterinários estão salvando os cascos dos cavalos e dando uma oportunidade de qualidade e bem-estar ao animal!
Casos de inflamação nos cascos dos cavalos são muito comuns. É o caso da laminite, popularmente conhecida como aguento, que atinge em média de 15% a 20% dos equinos, segundo dados do Conselho Federal de Medicina Veterinária. Buscar alternativas que possam tratar e garantir uma melhor saúde do casco do animal é fundamental. Afinal, uma inflamação grave pode tirar o cavalo de circulação por muito tempo.
“Cada nova camada de córnea que se forma empurra a camada formada antes, determinando o crescimento do casco. Esse crescimento se processa de cima para baixo e é de 8,5 milímetros por mês, no cavalo. No fim de um ano, os talões terão crescido um centímetro mais que a pinça”, afirma Orlando Marcelo Vendramini.
Nos muares, o crescimento do casco é de 6,6 milímetros por mês e, ao fim de um ano, a pinça terá crescido um centímetro mais que os talões.
O vídeo abaixo, publicado pelo canal do Youtube Alex Ridgeway Farrier, que possui cerca de 34,8 mil inscritos, trata exclusivamente sobre casco dos equinos. Com uma nova ideia, e com grandes conceitos, ele busca sempre aliar técnica à pratica, de forma a garantir resultados extraordinários.
No vídeo, é possível ver os detalhes da técnica que ele utiliza para poder dar uma nova vida ao cavalo. Utilizando a técnica de casqueamento, é possível ver que ele prepara o casco do animal para receber o molde de silicone, após colocar o molde, ele vai preenchendo os espaços com uma resina.
Dessa forma, o casco do animal fica impermeabilizado, evitando a entrada de patógenos e o desgaste, além disso, permite que o animal tenha uma melhor locomoção e, com isso, o casco pode regenerar sem grandes preocupações.
Confira o vídeo abaixo, com a técnica do veterinário:
Após finalizar o serviço, ele da uma volta no animal, mostrando a qualidade do casco que, com a resina, pode agora receber a ferradura adequada, garantindo o bem-estar animal. Muitos animais estão sendo salvos com essa técnica, garantindo melhor qualidade de vida.
Críticas
Muitas pessoas, ao verem o vídeo, foram críticos dizendo que isso é uma “gerção nutela”. Pois bem, se garantir o bem-estar animal, principalmente do cavalo que é considerado o companheiro do homem do campo, for algo considerado “desnecessário”, é porque não preza pelo bem-estar animal.
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Afinal, os cascos de cavalos regeneram? Eles voltam a crescer? Sim, regeneram! O crescimento do casco acontece porque as células do corpo mucoso proliferam de maneira contínua e vão se queratinizando, de tal maneira, que a córnea vai se renovando sem cessar, por justaposição de novos elementos.
Alguns fatores que influenciam nessa regeneração:
- Raça – nos cavalos de raça fina, a regeneração do casco é mais rápida;
- Idade – a regeneração é mais rápida na idade jovem;
- Exercício – o exercício ativa a regeneração (ou o crescimento do tecido córneo que também é conhecido como queratogênese) por estímulo direto dos órgãos encarregados da formação da córnea e por acarretar o aumento do extravasamento do plasma sanguíneo;
- Comprimento do casco – o excesso de casco se opõe à descida das camadas de nova córnea, acarretando compressão da matriz;
- Mau ferrageamento – a má ferragem, quando influi de uma maneira desfavorável sobre a nutrição do pé, fatalmente prejudicará o crescimento;
- Aprumos – em um cavalo mau aprumado, o crescimento da camada córnea é maior nas regiões que sofrem menos peso;
- Inflamação do Bordalete – os estados congestivos do bordalete aumentam sua atividade funcional, observando-se um engrossamento da parede;
- Manqueiras – na manqueira, a falta de atividade da extremidade locomotora (pé), é seguida de um a diminuição do crescimento do casco, por falta de estímulo do bordalete;
- Alimentação – os efeitos de uma alimentação abundante se refletem sobre todas as funções orgânicas, inclusive a queratogênese.
Uma outra característica que o pé ainda possui é a elasticidade. Por isso, é que ele sofre deformação quando está sob pressão do peso do corpo e recobra a sua forma e volume naturais quando deixa de suportar a dita pressão.
As partes responsáveis pela elasticidade do pé são a almofada plantar que recebe diretamente a pressão, as fibrocartilagens laterais e a caixa córnea (casco). Das inúmeras experiências feitas para comprovar a elasticidade do pé, podemos deduzir o seguinte:
– A elasticidade se manifesta, de uma forma, pela separação dos talões e de outra, pela descida da sola e da ranilha, quando o pé se apoia no solo.
– Quando a dilatação dos talões é grande, a descida da sola é pequena e vice-versa. Isso quer dizer que quando a ranilha está bem apoiada no solo ou na ferradura, a separação dos talões é maior e a descida da sola é menor. No caso contrário, quando a ranilha está sem apoio, a separação dos talões é pequena e a descida da sola é maior.
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– O abaixamento da sola é maior no centro que na periferia e é maior nas marchas rápidas que nas lentas.
– Quando cessa o apoio e com ele a pressão do peso do corpo, a caixa córnea recobra sua forma e volume primitivos.
O apoio da ranilha é muito importante para a nutrição do pé. Quando esse apoio é firme, a almofada ou coxim plantar fica entre duas pressões e, sendo comprimida, impulsiona o sangue para todas as direções. Sem encontrar resistência por parte da ranilha, o coxim plantar, recebendo apenas a pressão de cima, cede e se abaixa, com prejuízo da circulação do pé.