Quadrilha que usava armamento pesado para invadir terras foi alvo de nova operação; Com isso, a polícia diz ter “matado” o esquema de vendas ilegais pelos invasores.
A 2ª Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco 2) iniciou nesta quarta-feira, 04, a 5ª fase da Operação Canaã, chamada de Escurão. O objetivo da polícia foi de desarticular mais um núcleo de organização criminosa dedicado à invasão de terras privadas e públicas estaduais. Somente na primeira fase, foram presos 17 pessoas.
Segundo apontou o desdobramento a operação Canãã, a quadrilha usa armamento de calibre grande para invadir propriedades rurais nos municípios de Pimenta Bueno, Rolim de Moura e Seringueiras.
Segundo descobriu a investigação, o grupo criminoso investigado estava reunindo centenas de pessoas sob a promessa de posse perpétua das terras públicas, “induzindo-as a praticar a invasão das áreas, ao mesmo tempo em que lhes exigiam contraprestações em pecúnia para garantia da posse”.
Essa invasão acontece após o grupo mapear o local de interesse. Depois, os criminosos repartem e vendem os lotes aos camponeses e investidores, “mediante pagamento pecuniário ou na forma de veículos e armas”.
Segundo a Civil, foram cumpridos 11 ordens judiciais, inclusive busca e apreensão nas cidades Pimenta Bueno, Rolim de Moura e Seringueiras, durante a última fase realizada ontem. A quadrilha também promete a esses compradores uma legalização da posse. Um desses locais prometidos seria a terra Canaã.
Além da Draco, a operação tem a participação da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam).
“Eles têm um grupo de limpeza, eles escolhem, eles mapeiam as fazendas que podem trazer lucros pra eles, fazem o loteamento, realizam a limpeza com o grupo armado. Eles tem armas de grosso calibre e depois dessa invasão tomada, eles fazem o loteamento, eles tem já valores específicos pra pra vender e e parcelar, inclusive”, afirmou o secretário.
Detalhes da mega operação:
De acordo com investigação conduzida pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), essa quadrilha agia da seguinte maneira:
- Primeiro eram mapeados os lotes da área a ser invadida;
- Depois, usando armamento de alto calibre, os suspeitos invadiam a propriedade;
- Após isso, os líderes da organização criminosa ofereciam cotas aos camponeses e investidores mediante pagamento pecuniário, veículos e armas;
- A organização criminosa também prometia a legalização da posse após a tomada da terra;
- Um desses locais prometidos seria a terra Canaã.
1° fase da Canaã
Há quase um ano a Polícia Civil busca combater organizações criminosas que invadem terras em Rondônia. A primeira fase da operação Canaã foi feita em junho do ano passado.
Na época, 17 pessoas foram presas e vários mandados de busca. Após os documentos serem apreendidos, a polícia descobriu mais suspeitos envolvidos na organização criminosa.
Em dezembro do ano passado, cinco pessoas foram presas pela polícia em São Francisco do Guaporé, inclusive líderes da organização criminosa. Foi descoberto que o grupo criminoso estava reunindo centenas de pessoas sob a promessa de posse perpétua das terras públicas.
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Nome da operação Canaã
Segundo o secretário, o nome da operação Canaã, a terra prometida. “Eles prometem, mas não conseguem cumprir, porque a Justiça, as polícias estão no combate a essas organizações criminosas.
A partir de agora, como já foi dito no lá na na Nossa Senhora Aparecida, dois meses atrás, uma nova era, uma nova forma de combater as organizações criminosas que invadem terras em Rondônia”, contou Pachá em entrevista ao Jornal de Rondônia 1ª Edição.