Vídeo: Máquina de vacinar peixes imuniza até 8.500 tilápias por hora 

Tecnologia da máquina de vacinar peixes que imuniza até 8.500 tilápias por hora, também auxilia na classificação de peixes por lotes; produção nacional de tilápia cresceu 3,1% no último ano

A tecnologia de vacinação de peixes no Brasil avançou significativamente, e um exemplo claro disso é a máquina de vacinar tilápias, capaz de imunizar até 8.500 peixes por hora. Embora a vacinação de peixes possa parecer uma novidade para muitos, essa prática vem sendo utilizada há anos em outros 17 países para espécies como salmão e truta. No Brasil, porém, essa tecnologia é aplicada exclusivamente na tilapicultura, um setor que representa 65,3% da produção total de peixes de cultivo no país.

A primeira vacina comercial para peixes no Brasil foi registrada em 2011, e desde então, as pesquisas na área de aquicultura têm avançado, contribuindo para o crescimento da produção nacional. Em 2023, a produção de peixes de cultivo alcançou 887 mil toneladas, um aumento de 3,1% em relação ao ano anterior, segundo a Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR). Esse crescimento é atribuído, em grande parte, aos avanços nas questões sanitárias, incluindo a introdução de tecnologias como a máquina de vacinação.

A máquina Fishteq NFT20, trazida ao Brasil pela Zoetis, não apenas vacina, mas também mede, classifica e conta os peixes, garantindo um processo eficiente e seguro. Conforme explicou Agro Estadão a Danielle Damasceno, engenheira de pesca e gerente técnica comercial da Zoetis, “o piscicultor tem maior performance na vacinação, além de elevada padronização dos lotes”.

A especialista acrescenta que o equipamento ajusta a posição da agulha conforme o tamanho de cada peixe, garantindo que a vacina seja aplicada corretamente. Essa inovação, pioneira no Brasil desde 2021, já era utilizada com sucesso em outras espécies, como o salmão, em diversos países.

Durante o SIAVS 2024, a Zoetis reafirmou seu compromisso com a saúde e o bem-estar dos peixes, apresentando suas soluções em vacinas que atendem às necessidades específicas de diferentes espécies. A empresa destacou que, além de melhorar a saúde dos animais, as vacinas contribuem para a sustentabilidade do setor, promovendo práticas mais seguras e rentáveis para os produtores.

A vacinação, especialmente para tilápias, é crucial para prevenir doenças como a Streptococcus agalactiae 1b, que pode causar a morte de até 30% dos lotes. A máquina Fishteq NFT20 representa um avanço significativo na sanidade aquícola, oferecendo aos produtores uma ferramenta que não só otimiza a vacinação, mas também melhora a qualidade e a padronização dos peixes. 

Conforme a Associação, a evolução da produção de peixes de cultivo resulta, entre outros fatores, dos avanços nas questões sanitárias. “Essa multiplicação não tem milagres. Todo esse avanço é resultado de muito aprimoramento de toda a cadeia produtiva e da intensa dedicação da Peixe BR para estimular, por todo o País, não só o cultivo sustentável – do ponto de vista econômico, ambiental e social – dessa proteína, como o consumo”, diz em comunicado a entidade representativa do setor, conforme publicou o Agro Estadão.

Como funciona a vacinação em peixes

Nos modelos de criação em cativeiro, como redes em rios ou tanques, as vacinas mais utilizadas em peixes são as vacinas vivas, inativadas e recombinantes (de DNA), conforme a MSD Saúde Animal –  empresa que desenvolve, fabrica e comercializa medicamentos e serviços veterinários. E os principais métodos de administração são: injetável, oral e imersão. Confira as diferenças entre cada uma:

  • Vacina injetável: realizada através da contenção de cada peixe, com aplicação injetável de forma intraperitoneal com auxílio de seringas e agulhas. Esse é o método mais usado na criação de tilápias;
  • Vacina oral: pode ser administrada diretamente na boca do animal ou por meio da incorporação da vacina no alimento dos peixes, que, posteriormente, é ofertado aos animais de acordo com as orientações técnicas de volume;
  • Vacina por imersão: realizada com o banho dos peixes a serem vacinados em uma solução de água somada à vacina por um período de tempo específico de acordo com as orientações técnicas.

Brasil é o primeiro país a vacinar tilápias com máquina

De acordo com a Zoetis – produtora global de medicamentos e vacinas para animais e que trouxe a máquina Fishteq NFT20 ao país – o Brasil foi o primeiro a vacinar tilápias com o equipamento a partir de 2021. 

Além de imunizar, em média, 8,5 mil peixes por hora, a máquina de vacinação mede e classifica os animais. De acordo com Danielle Damasceno, engenheira de pesca e  gerente técnica e comercial da Zoetis, os principais benefícios para o produtor são segurança, redução da manipulação dos animais, eficiência na contagem e vacinação e formação de banco de dados. 

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Compre Rural com informações do Agro Estadão e Zoetis

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