Dois homens foram sequestrados pelos garimpeiros para falarem onde estava o ouro. Eles não sabiam e acabaram baleados e uma deles acabou morto, veja o vídeo!
Um grupo de cerca de 450 garimpeiros invadiu a Fazenda Sansão, no Distrito de Novo Horizonte, a cerca de 60 km de Castanheira, em busca de ouro. No local, uma pessoa morreu e outra foi baleada durante uma briga. A área invadida era área de reserva da fazenda Lagoa da Serra, que pertence à família Sansão, no município de Castanheira (MT).
De acordo com a Polícia Militar do estado, os garimpeiros souberam do suposto ouro nas terras da fazenda no domingo, 28. Mensagens de texto e áudio falavam em pepitas de até 300 gramas encontradas no local. Não demorou muito para que a fama do lugar se espalhasse nas redes sociais.
De acordo com a Polícia Militar, a informação sobre suposto ouro nas terras da fazenda chegou até os garimpeiros no domingo (28), por meio de grupo de mensagens.
Durante a semana, segundo a polícia, o grupo teria sequestrado dois homens que haviam comentado sobre o garimpo para apontarem o local exato onde havia ouro.
No entanto, por não saberem a região exata, acabaram sendo baleados, na terça-feira (30). Um deles, Ulisses Pereira dos Santos, de 44 anos, morreu ainda no garimpo. Já o outro foi encaminhado baleado para um hospital de Aripuanã.
Uma equipe da Polícia Militar esteve no local junto com a Força Tática e Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) para resgatar o corpo.
Foi feita uma barreira no garimpo. Cinco pessoas foram encaminhadas para a delegacia para prestar esclarecimentos sobre o homicídio. Durante revista no local, foram encontradas porções de drogas, um revólver e munições.
Os garimpeiros continuam no local acampados em barracas. A Polícia Militar faz o monitoramento do local. Foi feita uma barreira no garimpo. Cinco pessoas foram encaminhadas para a delegacia para prestar esclarecimentos sobre o homicídio e a tentativa de homicídio. Foram encontradas porções de drogas, um revólver e munições.
Preocupação gigante
A presença de estranhos no município está deixando produtores rurais preocupados. “Aqui era tranquilo. Agora, quando sai de casa, a gente tem que chavear a casa, porque tem muita gente e muito movimento para lá e pra cá na estrada, isso nos deixa muito apreensivos”, conta Quirino Silveira da Silva, que tem um sítio de 100 hectares, com 120 vacas, e trabalha com cria e recria.
“Invadiram a área e estão ali, desmatando, fazendo, abrindo buraco e ninguém toma providência nenhuma. E cadê as leis? Depois que o povo fizer o estrago, não resolve muita coisa e isso pode alongar”, desabafa Gilson dos Santos, administrador de uma fazenda de 21 mil hectares, com mais de 15 mil cabeças de animais.
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Os policiais precisaram ir ao local junto com a Força Tática e a perícia para resgatar o corpo. Cinco pessoas foram encaminhadas para a delegacia para prestar esclarecimentos sobre o homicídio. A Polícia Civil continua investigando o caso.
“Não estão fazendo nada com a gente, mesmo assim a gente fica com medo. Não sabemos quem está acampado lá, muita gente estranha. Temos família, filhos e temos todo o nosso patrimônio aqui, isso causa muita insegurança, esperamos que isso se resolva da melhor forma possível”, pede a pecuarista Neli Basso.