A jiboia é uma espécie de serpente grande e não peçonhenta é encontrada em regiões tropicais da da América do Sul, principalmente no Pantanal
Os registros da vida selvagem são sempre incríveis, ainda mais no Brasil que possui seis biomas de características distintas: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica e Pampa. O Pantanal é destino de milhares de turistas todos os anos e se destaque no quesito beleza, e foi nele que uma dupla de guias registrou um momento incrível, uma jiboia engolindo um anu-branco.
O vídeo foi registrados pelos guias Edison Albuquerque e Rosalino Sales Ribeiro da Pousada Aguapé, de Aquidauana, no Pantanal do Mato Grosso do Sul. “Nunca sabemos o que será visto durante os passeios, pois a natureza é imprevisível.” – diz a publicação da pousada. Segundo a publicação da pousada, o olhar atento dos guias observou um bando de anus-brancos pousando perto de uma árvore, e foi nesse momento que viram o bote certeiro dessa jiboia. Com sua musculatura extremamente desenvolvida, em alguns minutos terminou de engolir a sua presa.
Há dezenas de comentários na publicação, principalmente elogiando o registro incrível feito pelos guias. Um deles celebra a inteligência da cobra – “Muito interessante observar a jiboia mimetizar escolhendo nessa árvore onde ela se confunde com o caule”.
A jiboia-constritora, ou somente jiboia, é uma espécie de serpente grande e não peçonhenta. A jiboia é membro da família Boidae e é encontrada em regiões tropicais da América do Norte, Central e do Sul, como no Pantanal, por exemplo. A espécie é um réptil que pode atingir até quatro metros de comprimento, entretanto, geralmente não apresenta mais de dois metros. De uma maneira geral, as fêmeas distinguem-se por serem maiores que os machos. As jiboias perdem em tamanho, no nosso país, apenas para a sucuri, sendo considerada, portanto, a segunda maior espécie da fauna brasileira.
Você poderá se confundir. As cores apresentadas pelas jiboias é bastante variada, a Boa constrictor amarali, por exemplo, é uma subespécie encontrada em nosso país e sua cor predominante é cinza ou marrom, podendo ser vistos indivíduos de coloração bastante escura, quase pretos. Já a Boa constrictor constrictor, também presente no Brasil, possui indivíduos com coloração desde o cinza claro até marrom bem escuro.
As jiboias possuem corpo robusto, com musculatura bem desenvolvida, a qual é fundamental para sua alimentação. A cabeça das jiboias, que possui formato de seta, é bem destacada do corpo, o qual é cilíndrico e comprimido lateralmente.
A alimentação das jiboias baseia-se, principalmente, na ingestão de mamíferos roedores, entretanto, esses animais também alimentam-se de aves, lagartos e ovos. Essas serpentes localizam suas presas devido à captação de estímulos térmicos, visuais e químicos.
As jiboias são estrategistas “senta-espera”, ou seja, permanecem em locais que são frequentemente visitados por presas. Quando uma presa é localizada, ela é capturada e a jiboia tira a vida da presa, contraindo seu corpo, de modo a evitar movimentos respiratórios da presa. Sendo assim, a jiboia não utiliza veneno para matar e, sim, atua asfixiando a presa.
A jiboia ingere seu alimento, assim como a grande maioria das serpentes, iniciando pela cabeça da presa. Isso é importante, pois conforme a presa é ingerida, seus membros são comprimidos de maneira paralela ao corpo. Isso evita que os membros dificultem a deglutição do animal.
Apesar de serem grandes e temidas por muitos, as jiboias também enfrentam perigos. Para se defenderem de seus predadores, elas utilizam algumas técnicas. Uma delas é a produção de um som agudo, acompanhado da retração do pescoço e da cabeça. Além disso, a serpente pode morder e eliminar fezes nesses contextos.
As fêmeas da espécie podem produzir cerca de 8 a 50 filhotes por ninhada. São animais carnívoros, mas quase não gastam energia, podendo ficar vários dias sem comer. São considerados animais pacíficos, pois não são venenosas e não atacam o homem. As jibóias vivem aproximadamente 20 anos.
A Pousada Aguapé, de Aquidauana (MS), está a 195 quilômetros de Campo Grande e faz você viver a experiência incrível em meio ao pantanal. A pousada fica na Fazenda São José, localizada em uma área rica formada por vegetação típica do Pantanal, mesclada com vegetação de cerrado, baías (lagos), vazantes, corixos, e o rio Aquidauana com exuberante mata ciliar. Possibilita ao visitante, em qualquer época do ano, na cheia ou na seca, conheça as riquezas do Pantanal, além de ser um ótimo ambiente para observadores de aves, são mais de 300 espécies já cadastradas.
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