O corpo de Akbar Salubiro, um agricultor de 25 anos, estava intacto, mas envolvido pelas entranhas da predadora, uma píton de 7 metros de comprimento. Imagens perturbadoras mostram o resgate do corpo enquanto a pele escamosa da serpente é meticulosamente retirada; veja o vídeo
Um caso que chocou o mundo em 2017 voltou a ser tema de discussão após um evento recente na ilha de Sulawesi, na Indonésia. Akbar Salubiro, um agricultor de 25 anos, desapareceu misteriosamente enquanto trabalhava em uma plantação de palmas, apenas para ser encontrado dentro do estômago de uma píton de sete metros de comprimento.
De acordo com relatos da imprensa local, Salubiro desapareceu enquanto coletava óleo de palma em uma aldeia isolada na ilha. Durante as buscas, uma píton gigante foi encontrada nas proximidades de sua plantação, com as botas do agricultor visíveis em seu estômago.
Os moradores locais, intrigados diante da descoberta macabra, decidiram abrir o réptil utilizando uma grande faca. O que encontraram dentro foi um cenário de horror: o corpo de Salubiro estava intacto, mas envolvido pelas entranhas da predadora. Imagens perturbadoras mostram o resgate do corpo enquanto a pele escamosa da serpente é meticulosamente retirada.
O comportamento alimentar das pítons, que geralmente não mastigam suas presas e são capazes de engolir animais inteiros, foi examinado por especialistas, que explicaram os limites desse processo. “O fator restritivo é o ombro humano“, explica Mary-Ruth Low, do Wildlife Reserves de Cingapura, especialista em pítons. Embora ataques a humanos adultos sejam incomuns, a píton-reticulada tem histórico de encontros fatais com pessoas, especialmente em áreas remotas.
Low explica que essa espécie se alimenta principalmente de mamíferos, mas, ocasionalmente, come outros répteis, como crocodilo. Às vezes, superestimam o tamanho da refeição. Em 2005, uma cobra tentou engolir um aligátor (jacaré americano) inteiro e estourou. Ambos morreram e foram encontrados por guardas florestais da Flórida.
O incidente levantou uma série de questões sobre os perigos enfrentados pelos habitantes das áreas afetadas pelo desmatamento, especialmente aqueles que vivem em estreita proximidade com a vida selvagem. Enquanto a expansão da indústria do óleo de palma continua a devorar vastas extensões de habitat natural, os animais são forçados a se aventurar em áreas habitadas em busca de alimento, aumentando o risco de encontros fatais.
Embora os ataques de pítons a humanos sejam extremamente raros, o caso de Salubiro serve como um lembrete sombrio dos perigos que podem surgir quando os limites entre a vida selvagem e as atividades humanas se chocam. À medida que a busca por soluções para esses conflitos cresce, a necessidade de conciliar o crescimento humano com a conservação da natureza se torna cada vez mais premente, na esperança de evitar tragédias semelhantes no futuro.
Conheça melhor a serpente píton
As pítons, pertencentes à família Pythonidae, são uma variedade de serpentes que habitam principalmente a Ásia e a África, não sendo encontradas naturalmente no Brasil. Estas serpentes, reconhecidas por sua imponência, destacam-se como algumas das maiores do mundo, com a píton-reticulada (Malayopython reticulatus) assumindo o título de maior serpente em comprimento. Podendo atingir mais de 9 metros, essa espécie se distingue pela sua habilidade de caça e pela sua coloração que varia do amarelo-claro ao marrom, com padrões de X pretos por todo o dorso.
Essas serpentes, diferentemente das espécies venenosas, não possuem glândulas de veneno, dependendo inteiramente da constrição para subjugar suas presas. Durante o ataque, as pítons envolvem seu corpo em torno da presa, apertando-a e interrompendo o fluxo sanguíneo até causar a morte por asfixia. Esses répteis apresentam mandíbulas flexíveis que lhes permitem engolir presas inteiras, incluindo mamíferos e aves encontrados em seu habitat natural.
Além de seu tamanho impressionante e estratégias de caça, as pítons também se destacam por seus comportamentos reprodutivos e adaptativos. Geralmente prontas para se reproduzir entre três e cinco anos, as fêmeas colocam em média de 25 a 50 ovos por ano, que incubam por cerca de 90 dias. Durante esse período, as fêmeas permanecem enroladas sobre os ovos, fornecendo calor por meio de contrações musculares para aumentar a temperatura dos ovos e facilitar o desenvolvimento dos filhotes. A píton-reticulada mais velha já encontrada na natureza tinha 23 anos de idade, demonstrando sua longevidade e adaptação bem-sucedida ao longo do tempo.
Escrito por Compre Rural.
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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