Discurso do candidato é mais um ataque sem fundamentos ao setor do Brasil que mais cresce e mantém a economia em alta diante da crise vivida.
Ontem, na mesma tarde que 2.500 pessoas se refestelavam em São Paulo numa mega churrascada, com 7 toneladas de carne, em Brasília o candidato a vice na chapa de Marina Silva, o ex-deputado do PV, Eduardo Jorge, lançava mais lenha na fogueira eleitoral.
“Precisamos do abolicionismo animal. Os animais têm direito a terra, ninguém disse que eles estão aqui para serem nossos escravos e torturados diariamente para colocar um pedaço de carne na mesa”, disse Eduardo Jorge na convenção que homologou a chapa de Marina Silva à presidência da República.
Enquanto Eduardo Jorge defendia o veganismo em Brasília, os amantes da carne em São Paulo, que pagaram 400 reais para participar da comilança, saboreavam dezenas de tipos de corte, entre eles a disputada costela a fogo de chão.
O veganismo vem crescendo em todo o mundo e merece respeito. Tanto que a mega churrascada paulistana incluiu este ano no cardápio 500 quilos de vegetais. Mas é pouco provável que as ideias pregadas pelo vice de Marina sejam levadas aos palanques da Rede Sustentabilidade nesta campanha eleitoral. Embora vegana, Marina quer fugir da polarização política e investir nesta polêmica só lhe roubaria votos.
Vale lembrar que o Brasil é o maior exportador de carne do mundo e exibe elevado consumo de proteínas animais. A cadeia da carne, considerando avicultura, suinocultura e bovinos, emprega 7 milhões de pessoas e gera R$ 170 bilhões de reais por ano para o Brasil.
POR BRUNO BLECHER
Fonte: Globo Rural