Médica veterinária salva mula que foi atacada por um javali ocasionando uma ferida imensa na região da virilha; veterinária tem histórico de outros salvamentos
Para contar a história de hoje precisamos destacar a importância da profissão da personagem. O médico veterinário é responsável por assegurar as ações de bem-estar animal durante o processo de reprodução, criação e abate, e assegurar as boas práticas de produção de alimentos, dessa forma garantido a excelência da cadeia produtiva. Importante ressaltar também que o profissional é responsável pelo salvamento de animais domésticos, silvestres e especialmente de produção.
A história de hoje tem um final feliz, a personagem dessa história é uma médica veterinária, formada recentemente, responsável por vários casos de salvamentos de animais desenganados pelos seus donos. Tayná de Souza, de Ribeirão Preto, é veterinária formada em 2019 pelo Centro Universitário Barão de Mauá de Ribeirão Preto com mestrado na área de clínica médica de grandes animais na UNESP de Jaboticabal.
Tayná foi chamada para avaliar uma mula, possivelmente atacada por javali, que lesionou o animal da virilha até a vulva, abrindo toda a parte inferior da perna dela colocando em risco sua vida. Segundo a veterinária a lesão era muito mais extensa do que ela própria imaginava.
“Como trabalho com ozonioterapia e tenho meu local de atendimento para, principalmente, cuidado com feridas, indiquei que o animal fosse deixado aos meus cuidados para estar em um ambiente limpo e com manejo dessa ferida todos os dias.” – disse ela ao proprietário do animal. A mula foi levada para acompanhamento veterinário diário e tratamento, onde foram realizados diversos procedimentos cicatrizantes, inclusive o tratamento com ozonioterapia.
Tayná ressalta ainda que a sutura e bandagem não foram realizada na mula, pois é um membro e o local movimenta demais quando anda. “Utilizei técnicas como ozônio e laserterapia, e os curativos eram trocados de acordo com a avaliação da ferida. O tratamento total do caso foi de 2 meses” – ressalto a veterinária.
“O que chocou muita gente, pois a maioria das pessoas falavam para mim e para o proprietário que não íamos conseguir salvar o animal, que deveríamos partir para eutanásia. E minha felicidade foi dar alta com dois meses de tratamento, o animal seguir de volta a propriedade e participar mais um ano da caminhada a romaria, na cavalgada até Aparecida do Norte, no interior de São Paulo, que costuma durar em torno de treze dias.” – celebrou a veterinária.
Segundo Tayná seu trabalho também está focado, cada vez mais, em entender e conscientizar as pessoas de que feridas não são simples. “Não é só uma ferida que você joga um produto ali e ela vai cicatrizar bem.” – ressalta ela. Ainda mais em cavalos, que tem a pele mais sensível, tem um tecido de granulação que cresce em excesso quando tratado com terapia incorreta.
“Então se tivermos essa consciência desde o momento que o animal se machuca, temos mais chances daquela lesão cicatrizar bem, mais rápido, e consequentemente de forma mais econômica, do que ficar anos gastando com diferente pomadas, curativos e bandagens.” – Tayná ressalta que a conscientização é o melhor ensinamento que podemos passar.
Se a pessoa a campo souber fazer uma bandagem bem feita e não utilizar medicamentos que são tóxicos para a pele em cicatrização, já estamos meio caminho andado para o sucesso!” – salienta a veterinária.
Nas imagens abaixo é possível ver a recuperação realizada em uma égua.
A médica veterinária trabalha com ozônio, laser e terapias manuais, como a quiropraxia, que ajuda no rendimento e dores de animais atletas. A terapia está cada vez mais difundida em cavalos atletas, que assim como os humanos, devido a carga de exercício e dores musculares, podem ter lesões.
“Com a quiropraxia conseguimos reduzir as dores musculares do exercício e tirar algumas compensações que o corpo cria para fugir da dor, evitando as lesões. Com ela também garantimos o bem-estar do animal, maior mobilidade no exercício, o que ajuda no rendimento dele nas provas, ajudando na performance esportiva.” – finaliza Tayná.
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