Com a chegada oficial do verão no Brasil em 22 de dezembro de 2023, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta para temperaturas acima da média histórica em todas as regiões do país durante esta estação; confira as previsões e os impactos aos produtores
Com a chegada oficial do verão no Brasil em 22 de dezembro de 2023, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) alerta para temperaturas acima da média histórica em todas as regiões do país durante esta estação. O calor intenso é resultado da combinação do aquecimento global e do El Niño, cujo impacto se espera que atinja seu auge em janeiro de 2024.
No Norte e Nordeste, a previsão é de uma temperatura média de 32,5 °C, enquanto em alguns estados do Centro-Oeste e do Sudeste, a média chegará a 30 °C. A exceção é a Região Sul, onde se espera um volume significativo de chuvas.
A influência do El Niño, caracterizada por águas superficiais anormalmente aquecidas no Oceano Pacífico Equatorial, intensifica as altas temperaturas no Brasil. Esta ocorrência climática ocorre a cada 2 a 7 anos e, no país, geralmente resulta em chuvas abaixo da média no Norte e Nordeste, e chuvas acima da média no Sul.
Os impactos nas diferentes regiões do Brasil são variados:
Norte
Chuvas abaixo da média no Pará e Tocantins podem afetar a produção agrícola, especialmente de culturas como soja, milho e arroz, essenciais para a economia da região.
Nordeste
A previsão é de chuvas abaixo da média, principalmente no Maranhão, Piauí e sertão pernambucano, comprometendo o desenvolvimento das culturas de soja, milho e feijão.
Centro-Oeste
Apesar das chuvas mais regulares, áreas do Mato Grosso e norte de Goiás podem enfrentar safras abaixo da média histórica, exigindo que os agricultores adotem medidas de segurança para minimizar os impactos das secas.
Sudeste
Chuvas mais regulares na maior parte do território, exceto nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e norte de Minas Gerais, onde as chuvas devem ser abaixo da média histórica .
Sul
Há uma maior probabilidade de chuvas acima da média climatológica em todo o território, enquanto as temperaturas médias do estado devem permanecer acima da média em todas as regiões do Brasil.
Diante desse cenário, autoridades, agricultores e comunidades locais devem estar atentos aos desafios climáticos que o verão de 2023-2024 apresenta, adotando medidas preventivas e estratégias para lidar com os impactos previstos.
Impactos para os produtores
Com a chegada do verão e a variação de altas temperaturas e variações nas precipitações em diferentes regiões do Brasil, os produtores agrícolas enfrentarão desafios adversos durante a temporada de 2023-2024. As condições climáticas adversas, influenciadas pelas características do El Niño e do aquecimento global, terão impactos diretos nas atividades agrícolas em todo o país.
Variações na precipitação: As projeções indicam tantas chuvas abaixo da média, como no Norte, Nordeste e algumas regiões do Centro-Oeste, quanto chuvas acima da média, especialmente no Sul. Essas variações impactam o manejo da água e exigem ajustes nas práticas agrícolas.
Temperaturas elevadas: A expectativa de temperaturas médias acima da histórica em várias regiões do país, especialmente no Norte e Nordeste, implica em maior estresse térmico para as plantas. Isso pode afetar o desenvolvimento das culturas e exigir medidas de mitigação.
Secas em algumas áreas: Regiões como o Norte e Nordeste, com previsão de chuvas abaixo da média, enfrentando o desafio da escassez de água. Isso pode impactar a supervisão e a produção de culturas sensíveis à disponibilidade hídrica.
Chuvas intensas no Sul: Embora o Sul espere chuvas acima da média, o volume excessivo pode resultar em problemas como enchentes, erosão do solo e doenças nas plantas. Medidas de controle e prevenção serão essenciais.
Desafios na produção de grãos: Estados produtores de grãos, como soja e milho, podem enfrentar dificuldades na produção devido às condições climáticas desfavoráveis. Isso afeta não apenas a safra atual, mas também a economia dessas regiões.
Necessidade de adaptação rápida: A rápida intensificação do El Niño em janeiro de 2024 exige dos produtores uma adaptação ágil às mudanças nas condições climáticas, de modo a prevenir prejuízos e otimizar a produção.
Riscos para a economia agrícola: Os desafios climáticos podem impactar as capacidades da economia agrícola, com potenciais perdas financeiras para os produtores e para a cadeia produtiva como um todo.
Diante desses desafios, é crucial que os produtores adotem estratégias flexíveis, baseadas no monitoramento constante das condições climáticas locais, na implementação de tecnologias sustentáveis e em práticas de gestão agrícola resilientes. A colaboração com especialistas e a busca por soluções inovadoras serão fundamentais para enfrentar os desafios climáticos e garantir a sustentabilidade da produção agrícola brasileira.
Escrito por Compre Rural.
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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