No ponto médio dessa estimativa, a queda representa expressivos 21% em comparação com o lucro de US$ 10,1 bilhões alcançado em 2023; confira
Após o impacto negativo nos investidores com a recente notícia sobre a CNH, a gigante americana John Deere também decepcionou o mercado nesta quarta-feira, evidenciando uma tendência de queda na demanda por máquinas agrícolas. Antes da abertura do pregão regular na bolsa de Nova York, as ações da renomada fabricante do icônico trator verde despencaram quase 6%, deixando a empresa avaliada em impressionantes US$ 110 bilhões.
A desvalorização das ações ocorreu em resposta às projeções divulgadas pela John Deere para o ano fiscal de 2024. Segundo as estimativas apresentadas, a empresa espera que o lucro se situe entre US$ 7,75 bilhões e US$ 8,25 bilhões. No ponto médio dessa estimativa, a queda representa expressivos 21% em comparação com o lucro de US$ 10,1 bilhões alcançado em 2023, ficando também abaixo das expectativas do consenso Bloomberg, que estimava um lucro de US$ 9,32 bilhões.
No último trimestre do exercício fiscal encerrado recentemente, as vendas de máquinas agrícolas e produtos agrícolas de precisão da John Deere já haviam ingressado em território negativo, registrando uma queda de 6%, totalizando US$ 6,9 bilhões.
As projeções da John Deere para o ano fiscal de 2024 indicam uma expectativa de queda nas vendas entre 15% e 20%, com uma retração de 10% a 15% no volume de vendas nos Estados Unidos e Canadá. Na América do Sul, onde o Brasil se destaca como o principal mercado da empresa, a previsão é de uma redução de até 10% na receita para o mesmo período.
Apesar do impacto negativo nas perspectivas para os investidores, a John Deere sustenta que a queda nas vendas está ocorrendo nos níveis intermediários do ciclo, após um período acima da média, o que reflete os preços recordes das commodities agrícolas. O CEO da John Deere, John May, afirmou no comunicado que o guidance para 2024 evidencia níveis mais elevados de rentabilidade estrutural ao longo do ciclo, buscando acalmar os ânimos dos investidores preocupados com os desafios que a empresa enfrentará nos próximos meses.
Escrito por Compre Rural.
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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