Para encerrar 2017 com balanço positivo, o mercado de genética bovina ampliou as vendas internas e as exportações de sêmen no primeiro semestre do ano.
O crescimento foi de 7,6% no mercado nacional e de 60,4% no mercado externo, conforme o relatório semestral do setor, o Index ASBIA 2017, divulgado nesta semana pela Associação Brasileira de Inseminação Artificial (ASBIA).
Os dados foram processados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). A pecuária leiteira registrou o maior crescimento: 24,8% superior ao mesmo período de 2016. “Os produtores de leite investiram fortemente no melhoramento genético de seus rebanhos, com o objetivo de recuperar o preço do leite e manter os custos de produção menores”, explica o presidente da ASBIA, Sérgio Saud. Segundo ele, a raça Girolando está entre as que mais comercializaram sêmen.
Outro indicativo de que as técnicas de Inseminação Artificial (IA) e de Inseminação Artificial por Tempo Fixo (IATF) vêm crescendo no País é a venda de botijões de sêmen de até 20 litros.
O crescimento, no primeiro semestre, foi de 28%, índice reforçado pela pecuária leiteira, que teve quase 25% de elevação. “De forma geral, o resultado da venda de sêmen foi supreendentemente positivo. E isso nos faz acreditar que o segundo semestre seguirá a mesma tendência, com uma possível recuperação na venda de sêmen de corte e a manutenção do crescimento”, ressalta Sérgio Saud.
As vendas segmentadas por região apontam que Santa Catarina concentra o maior número de vacas inseminadas (33,1%). A média nacional é de 15,5%.
Balanço de vendas por raças em 2016
A ASBIA também divulgou os resultados completos de comercialização no mercado nacional do ano de 2016, referentes às principais raças de corte e de leite. E apresentou a evolução dos dois segmentos, por raça, em sete anos.
Entre as raças leiteiras, a lista traz a seguinte liderança: Holandês, Jersey, Gir Leiteiro, Girolando 3/4, Girolando 5/8, Guzerá Leiteiro, Pardo-Suíço Leiteiro, Holandês Vermelho, Braunvieh e Sindi Leiteiro. O Holandês comercializou 2.397.982 doses em 2016, queda de 14%. Já no acumulado dos sete anos, o recuo foi de 1%. O Jersey teve 466.502 doses vendidas no ano passado, registrando reduções de 26%, em comparação com 2015, e de 29%, entre 2010 e 2016.
Exportações – Referência mundial em genética bovina, o Brasil fecha o primeiro semestre com um crescimento de 60,4% nas exportações e com forte crescimento nas vendas externas de sêmen das raças de corte. Os principais destinos dessa genética foram a Bolívia e o Paraguai. Nas vendas de sêmen de raças leiteiras, as maiores exportações foram registradas para a Colômbia e o Equador.
Sobre a ASBIA
A Associação Brasileira de Inseminação Artificial é uma entidade sem fins lucrativos, fundada em 26 de novembro de 1974, para congregar as empresas que se dedicam ao fomento da pecuária no setor de produção e distribuição de sêmen, materiais e equipamentos de uso na inseminação artificial e de outros produtos ligados à reprodução animal.
A Associação Brasileira dos Criadores de Girolando é associada da ASBIA. Em parceria com a BIO – Biotecnologia Animal, conta com um Laboratório de Análise de Sêmen (ASBIA-BIO), que funciona desde o ano passado no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). O Laboratório ASBIA-BIO possui equipamentos altamente sofisticados, que determinam diferentes parâmetros de qualidade de uma amostra espermática, em diferentes espécies animais.
O foco de trabalho consiste na padronização dos exames e em garantir uma segunda análise de sêmen com elevados critérios técnicos, equipamentos modernos e consistência no padrão de análise. Além disso, o laboratório conta com um banco genético das raças zebuínas.
Fonte: Girolando.org