Frigorífico “brigando” pelo boi gordo foi a marca da semana que fechou com preços em alto; Menor oferta e maior demanda ditam o mercado com viés altista, veja!
A sexta-feira foi de mais calmaria nas praças pecuárias, depois de uma semana bastante agitada no mercado do boi gordo, marcada pelas buscas das indústrias por animais prontos para abate, algo cada vez mais raro no País. Neste contexto, os frigoríficos que conseguiram fechar negócios tiveram que aceitar a pressão de alta dos pecuaristas que ainda têm bons lotes de boiadas disponíveis. E agora?
Segundo a Scot Consultoria, o boi gordo está cotado em R$226,00/@, bruto, R$225,50/@, livre de Senar, e em R$222,50/@, descontados os impostos (Senar e Funrural), considerando os preços à vista. Para os bovinos jovens, que atendem ao mercado chinês, a cotação está em R$230,00/@ para o macho, e em R$220,00/@ para as novilhas, ambos preços brutos e à vista.
Fechamento da semana
Agrobrazil
O indicador do Cepea fechou ontem cotado em R$ 224,75/@, uma queda alta em relação ao fechamento do dia anterior. Já a média do app da Agrobrazil, fechou o dia cotado em R$ 226,91/@ com preços variando de R$ 224 a R$ 230/@, na praça de São Paulo.
Em Minas Gerais e Bahia, tivemos negócios acima de R$ 230/@ sendo informados durante a semana no aplicativo. A praça de São Paulo, conseguiu um alongamento nas escalas de abate, entretanto os demais estados viram os seus diferenciais de base se invertendo por conta da maior pressão da demanda em relação a oferta, conforme mostram as imagens abaixo.
O preço da arroba subiu cerca de R$ 2/@ na média de São Paulo. O estado que registrou maior média para o preço do boi gordo foi a Bahia, com negócios de R$ 245/@.
Agência Safras
“O ambiente de negócios permaneceu firme, mas em São Paulo alguns frigoríficos sinalizaram para uma posição mais confortável em suas escalas de abate. Mesmo assim, não há grande espaço para queda dos preços, uma vez que a oferta de animais terminados e prontos para o abate permanece restrita”, disse o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
Com isso, os preços a arroba do boi gordo na modalidade à prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 14 de agosto:
- São Paulo (Capital) – R$ 228,00 a arroba, contra R$ 226,00 a arroba em 06 de agosto (+0,88%).
- Goiás (Goiânia) – R$ 221,00 a arroba, ante R$ 220,00 a arroba (+0,45%)
- Minas Gerais (Uberaba) – R$ 227,00 a arroba, ante R$ 223,00 a arroba, subindo 1,8%.
- Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 221,00 a arroba, ante R$ 220,00 a arroba (+0,45%).
- Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 210,00 a arroba, contra R$ 207,00 a arroba (+1,45%).
Exportação
Depois de registrar o maior valor já exportado para o mês de julho, há fortes indicativos de que os embarques brasileiros de carne bovina irão alcançaram novos patamares recordes em agosto, prevê a IHS Markit. Segundo dados da Secex, nos cinco primeiros dias úteis do mês, as exportações registraram média diária de 8,8 mil toneladas, avanço de 20% com relação ao mês anterior e aumento de 43% na comparação com o mesmo período em 2019.
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Futuro do Boi é de Alta
Segundo levantamento da Scot Consultoria o diferencial de base entre São Paulo e outras regiões se estreitou em algumas praças ou até deixou de existir. Os fatores vão impactar uma nova alta?
- Demanda externa aquecida, com embarques superando os volumes esperados;
- Flexibilização da quarentena em grandes centros urbanos e retomada de bares e restaurantes, trazendo um escoamento dos estoques;
- Retomada da atividade econômica do país;
- Menor oferta de animais terminados para abate, encurtando as escalas de abate com maior demanda da matéria prima;
- Chegada de animais confinados só deve ocorrer no final de agosto e início de setembro.
A menor oferta de animais confinados nas regiões tem ditado o rumo das cotações nestes estados e é o principal responsável pelo cenário. Para a próxima semana a expectativa é de preços firmes. A atenção deve ser com a oferta de gado confinado.
Segundo alguns analistas, podemos ver uma nova onda altista nesta semana, já que o mercado segue pressionado e os frigoríficos tem margem para pagar até R$ 235 para os animais com destino ao mercado interno.
Com informações da IHS Markit, Portal DBO, Agência Safras, Agrobrazil e Scot Consultoria
