O último censo foi em 2007, portanto havia 10 anos. De lá para cá, muita coisa mudou no país e no mundo. Precisamos atualizar as informações.
No meio agropecuário brasileiro existem algumas afirmativas, que precisam ser consideradas, mas também reavaliadas por todos aqueles que têm alguma ligação com o setor.
É comum ouvirmos dizer, que o setor agropecuário é desunido; não sabe reivindicar politicamente, não elege representantes e pouco se interessa pelo coletivo. Cada um cuida do seu, e os outros que se explodam. Ao mesmo tempo em que ouvimos na sociedade que o Brasil não tem memória.
Esquece tudo muito fácil. Hoje, uma frase mais atual, é de que não temos banco de dados para dispor ou alimentar informações. Somente a Receita Federal sabe da vida fiscal da população. De outro lado, especialistas em comportamento pessoal ou empresarial têm reafirmado com insistência que o segredo do sucesso em qualquer atividade é a informação.
Quem estiver mais bem informado, tem muito mais chance de sucesso. Tem um pouco de verdade, mas precisamos ter atitudes para melhorar os resultados.
No meio rural, especialmente, há restrições em se fornecer informações para pesquisas. Há certa precaução em prestar informações, por medo ou desconhecimento dos objetivos e a utilização dos dados fornecidos.
Precisamos mudar esse conceito. Partindo do princípio que estamos agindo correto, não temos o porquê de nos preocupar com a transparência dos nossos atos.
Para tentar mudar a cara do Brasil Agro, o IBGE começa em outubro próximo mais um censo agropecuário. Um trabalho importantíssimo para obtermos uma radiografia do Brasil no setor rural. O último censo foi em 2007, portanto havia 10 anos. De lá para cá, muita coisa mudou no país e no mundo. Precisamos atualizar as informações.
Os dados a serem colhidos, possibilitarão a tomada de decisões nas políticas públicas em diversas áreas do segmento agro. Obter-se-á dados para decisões, não apenas governamentais, mas no setor privado e inclusive no cooperativismo.
O IBGE vai colocar em campo 19 mil recenseadores pelo país a fora. Serão pesquisados os 5.570 municípios em cerca 5,3 milhões de propriedades rurais. É um gigantesco trabalho que demandará custos de mais de R$ 770 milhões.
Por essa razão temos que aproveitar muito bem esse trabalho. O órgão responsável assegura que as informações coletadas terão caráter sigiloso e impessoal, não havendo nenhum risco de divulgação nominal, nem repassado a nenhum outro órgão que possa se aproveitar.
Portanto, o resultado será para fins institucionais e coletivos e de interesse de todo o setor. O IBGE está buscando parceria para realização desse censo. Não financeira, mas de conscientização de divulgação para que todos recebam bem os recenciadores e prestem as informações com segurança e precisas, para que tenhamos o retrato mais autêntico da realidade do agronegócio brasileiro.
Nós, do cooperativismo, que temos acesso a muitas informações, e também dispomos de meios de comunicação para chegar ao campo, temos a obrigação de auxiliar nesse censo. Aliás, já temos a decisão tomada pela OCB em nível nacional afirmando que o cooperativismo vai contribuir.
Essa nossa participação será mais uma demonstração de cooperação, espírito coletivo, preconizado pelo cooperativismo, portanto, vamos receber bem os recenseadores e prestar as informações solicitadas. Pense nisso.
Fonte:Fecoagro