O estado, com seu compromisso e investimento na agricultura irrigada, emerge como líder incontestável na revolução dos pivôs de irrigação no Brasil; Confira
O Brasil é reconhecido globalmente como um dos principais produtores de alimentos, uma fachada possível graças à agricultura irrigada. Essa prática não apenas impulsiona a produtividade, mas também estende o período de cultivo, criando uma demanda local significativa por recursos hídricos e a necessidade de aplicação de agroquímicos. Neste contexto, a identificação das áreas equipadas com pivôs centrais de irrigação desempenha um papel crucial na gestão integrada dos recursos hídricos, alinhada com a Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH).
O estado de Minas Gerais, com seu compromisso e investimento na agricultura irrigada, emerge como líder incontestável na revolução dos pivôs de irrigação no Brasil; Confira!
Pivôs de irrigação no Brasil
Os pivôs centrais consolidaram-se como o principal sistema de irrigação brasileiro, superando o método de inundação adotado para o cultivo do arroz na Região Sul. Em 2020, 1,6 milhão de hectares do País contam com o equipamento. Hoje, as áreas de agricultura irrigada do País cobriram menos de 20% da área total cultivada e produzem mais de 40% dos alimentos, fibras e cultivos bioenergéticos, números que evidenciam a contribuição desse método para a segurança alimentar.
Além disso, mostra aumento da produtividade por unidade de área e possibilidade de produção fora de época, o que contribui para reduzir a expansão da fronteira agrícola e abrir novas oportunidades de mercado.
Ainda como pontos positivos do sistema de segurança, destacam-se a geração de empregos no campo, a criação de renda em pequenas propriedades e a diversificação da produção. Já para os cultivos de sequeiro, da região do Semiárido brasileiro, a supervisão proporciona melhoria na qualidade, padronização dos produtos e produção em áreas de alto risco.
Além das grandes culturas, como soja e milho, sob os pivôs centrais é produzida grande parte de tomate industrial, batata, cenoura, café em áreas de Cerrado, cebola, alho e cana-de-açúcar.
Minas Gerais: Um destaque na revolução dos pivôs na Agricultura Irrigada
Em 2020, um levantamento nacional pioneiro foi antecipado para identificar as áreas equipadas com pivôs centrais de irrigação. A pesquisa utilizou imagens dos satélites Sentinel 2 e Cbers 4A, resultando na identificação de impressionantes 25.292 pivôs centrais, cobrindo uma vasta área potencialmente irrigada de 1.612.617,3 hectares. Dentre os estados, Minas Gerais despontou como líder, abrigando 8.541 desses equipamentos e uma área ambientalmente irrigada de 501.183,6 hectares. Isso equivale a maior área de irrigação ao longo dos 37 anos avaliados pelo MapBiomas, o equivalente a três vezes a cidade de São Paulo.
O estado, com seu compromisso e investimento na agricultura irrigada, emerge como líder incontestável na revolução dos pivôs de segurança no Brasil. Os municípios que lideraram em termos de área ambientalmente irrigada pelos pivôs centrais instalados são: Paracatu-MG e Unaí-MG. No ranking, há três municípios destaque, dois são os mineiros citados anteriormente: Paracatu-MG, como líder, seguida de perto por Unaí-MG, e, em terceiro lugar, Cristalina-GO, com uma área um pouco menor que as mencionadas em primeira instância.
Paracatu
Com base em dados de abril de 2021, Paracatu-MG conquistou com mérito o título de maior área irrigada no Noroeste de Minas Gerais. Uma pesquisa, utilizando ferramentas geotecnológicas e imagens de satélite, revelou que o município abriga cerca de 71.702 hectares de áreas irrigadas, servidas por 1.137 pivôs centrais distribuídos ao longo de sua extensão territorial.
Unaí
Unaí-MG, por sua vez, é o segundo maior município em área irrigada no Noroeste de Minas Gerais, com aproximadamente 71.198 hectares e 863 pivôs centrais. A análise das imagens de satélite e a aplicação de técnicas de processamento geoespacial revelaram uma extensão significativa das áreas irrigadas.
Irrigação no estado
No Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e Noroeste, encontramos culturas de grãos e café. No Norte de Minas, a produção de frutas e hortaliças é proeminente, principalmente nos projetos Jaíba e Gorutuba, onde a irrigação localizada, como o gotejamento e a microaspersão, é exclusivamente exigida. Já no Sul de Minas, a produção de morangos é um exemplo notável de como a irrigação por gotejamento contribui para a qualidade dos produtos. Nos municípios do entorno de Belo Horizonte, uma vasta produção de hortaliças prospera, beneficiando-se da irrigação localizada também. Esse mosaico de culturas e práticas destaca a grandiosidade dos pivôs como uma ferramenta vital para a agricultura em todo o estado.
Conclusão
Minas Gerais emerge como protagonista na revolução da agricultura irrigada no Brasil. Os números impressionantes de pivôs de transparência, a diversidade de culturas e a parceria eficaz entre instituições governamentais e agricultores destacam o estado como um modelo de sucesso. A expansão da irrigação não apenas impulsiona a economia, mas também garante o acesso a alimentos de qualidade e promove a sustentabilidade na gestão dos recursos hídricos. Minas, com sua visão pioneira e dedicação à agricultura irrigada, continua a moldar o futuro da agricultura brasileira.
Ascensão da Bahia na irrigação
É importante a menção da Bahia no contexto da irrigação visto que o estado vem ganhando vasta visibilidade nos últimos tempos. Na parte central, a região do Médio São Francisco está vivenciando uma transformação notável que está se consolidando como um celeiro de produção de alimentos. Isso se deve ao Projeto Público de Irrigação Baixio de Irecê, coordenado pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), que está revolucionando a área semiárida, especialmente no cultivo de frutas.
No Oeste bahiano, o polo agrícola chama a atenção, visto que tem a maior cobertura de pivôs centrais do país. Nesta área do estado, os equipamentos de irrigação ocupam 147.087 mil hectares, cerca de 2,5% da área total destinada a agricultura na região. Os dados fazem parte da segunda edição do Levantamento da agricultura irrigada por pivôs centrais, realizado pela Agência Nacional de Águas (ANA) e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A análise inclui o período entre 1985 e 2017.
Outra grande potência da irrigação está surgindo e não podemos deixar de acompanhar. Logo lançaremos mais conteúdos.
Fontes: Embrapa, Codevasf
ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias
Não é permitida a cópia integral do conteúdo acima. A reprodução parcial é autorizada apenas na forma de citação e com link para o conteúdo na íntegra. Plágio é crime de acordo com a Lei 9610/98.