Algumas regiões já são reconhecidos como livres de febre aftosa sem vacinação e a vacinação contra febre aftosa é proibida; Veja quem precisa vacinar o rebanho!
A febre aftosa causa muito prejuízo econômico, afetando de maneira negativa a pecuária. Desencadeia problemas na produção de carne e leite, além de problemas com a comercialização de seus produtos e subprodutos. Em um momento tão delicada para a pecuária, após o aparecimento de casos atípicos de vaca louca, não precisamos de algo novo que traga o surgimento de barreiras comerciais, as quais acabam restringindo a exportação da carne. Veja quem precisa vacinar o rebanho!
O principal objetivo do Programa Nacional de Vigilância para Febre Aftosa – PNEFA, consiste na manutenção da zona livre de Febre Aftosa com vacinação e desde 2017 expansão das zonas livres sem vacinação. Além da vacinação, o pecuarista precisa realizar alguns outros procedimentos como: Compra em locais credenciados, aplicação correta e informar a vacinação.
A Febre Aftosa é uma enfermidade altamente contagiosa que acomete os animais biungulados (casco fendido), dentre eles os domésticos: bovinos, búfalos, suínos, ovinos e caprinos, e silvestres: javalis, capivaras, cervídeos, lhamas, alpacas e camelos. Caracteriza-se pela formação de vesículas ou suas formas de evolução (bolhas íntegras ou rompidas, úlceras e cicatrizes) na mucosa oral (gengivas, pulvino dental, palato e língua), nasal, nas mamas e entre os cascos. Os principais sinais/sintomas são febre alta, sialorreia (babeira), claudicação (manqueira), perda do apetite, enfraquecimento, descarga nasal e prostração.
Para se ter ideia, o primeiro registro oficial de febre aftosa no Brasil ocorreu em 1895, na região do Triângulo Mineiro, e o último caso registrado no Brasil foi no ano de 2006.
A Febre Aftosa tem cura? Não existe tratamento. Ela normalmente cumpre seu curso de 2 a 3 semanas, quando a maioria dos animais se recupera naturalmente. O sacrifício sanitário permanece como a medida de controle principal para evitar a difusão da doença, o que provoca desastres econômicos e problemas relacionados ao bem estar animal.
Visando o controle da doença, após a detecção da doença, a política de controle básica utilizada é o sacrifício sanitário de animais doentes, eliminação de fontes de infecção, contatos e susceptíveis, para bloquear o avanço da infecção. A vacinação dos bovinos e bubalinos com vacina oleosa, de acordo com o calendário oficial de cada região, tem papel fundamental na erradicação e prevenção da doença.
Regiões a Serem Vacinadas em Novembro
Segundo Ministério da Agricultura, as regiões dos estados do Acre; Paraná; Rio Grande do Sul; Rondônia e Santa Catarina; os municípios de Apuí, Boca do Acre, Canutama, Eirunepé, Envira, Guajará, Humaitá, Ipixuna, Itamarati, Lábrea, Manicoré, Novo Aripuanã, Pauini e parte de Tapauá na divisa com Humaitá do estado do Amazonas; o município de Rondolândia e partes dos municípios de Aripuanã, Colniza, Comodoro e Juína do estado do Mato Grosso são reconhecidos como livres de febre aftosa sem vacinação e a vacinação contra febre aftosa é proibida.
Entretanto, as demais regiões, conforme calendário abaixo, devem realizar a vacinação do rebanho, respeitando-se as faixas etárias e demanda para região onde a fazenda está alocada.
Como manter o seu Estado livre da doença?
- Vacinação sistemática periódica;
- Vacinação assistida em áreas de maior risco;
- Controle de trânsito de animais, produtos ou subprodutos de origem animal;
- Controle de aglomerações de animais (feiras, leilões, exposições);
- Vigilância veterinária nos estabelecimentos rurais;
- Monitoramento sorológico
Cuidados na vacinação
Antes da aplicação:
- Desinfetar os equipamentos: seringas e agulhas;
- Conserve as vacinas dentro da caixa de isopor com gelo (2 partes de gelo para 1 de vacina) durante todo processo de vacinação para mantê-las entre 2°C e 8°C, ;
- Utilizar seringas calibradas para dose de 2 ml e agulhas novas 15×18 ou 15×20;
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Durante a aplicação:
- Vacinar apenas bovinos e bubalinos;
- Manter os frascos de vacina dentro de caixa de isopor, abrigados da luz solar;
- Quando a pistola não estiver em uso, mantê-la dentro da caixa de isopor;
- Agitar o frasco de vacina antes de encher a seringa;
- Eliminar as bolhas de ar da seringa após seu enchimento;
- Aplicar a vacina na tábua do pescoço, por via subcutânea ou intramuscular;
- Manter a seringa limpa e trocar as agulhas periodicamente;
- Anotar a quantidade de animais vacinados por sexo e idade (0 a 4 meses, 5 a 12 meses, 13 a 24 meses, 25 a 36 meses e mais de 36 meses) para comunicação.
Quanto antes os animais infectados forem identificados, melhor o controle, menores os danos aos rebanhos da região, e mais rápida a recuperação da condição sanitária. Se você precisar de mais informações ou recomendações não contidas nessa página, por favor entre em contato através do endereço pnefa@agricultura.gov.br ou pelo telefone 0800 704 1995, o qual atende entre 8:00h e 18:00 de segunda a sexta feira.