Segundo informações das consultorias preço da arroba do boi já ensaia uma recuperação; as chuvas em praticamente todas as regiões do país ajudam o pecuarista a segurar o boi
O mercado físico do boi gordo voltou a apresentar preços firmes no decorrer desta quinta-feira (9). Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos operam com escalas de abate encurtadas, o que tem justificado a recuperação dos preços ao longo da semana, em especial no Centro-Norte do país.
O mercado paulista continua frio, com diversas unidades frigoríficas ainda aguardando a resolução do autoembargo da exportação para a China.
No que diz respeito ao embargo da China, não houve novidades ao longo do dia, com o mercado seguindo em compasso de espera, aguardando o aval chinês.
“O Brasil já cumpriu com celeridade todas as etapas do protocolo, a Organização Mundial de Saúde Animal sustentou o risco insignificante para propagação da doença no país. Para acelerar o processo, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, planeja viagem para a China entre os dias 20 e 22 de março”, observa Iglesias.
Preço da arroba de boi gordo no Brasil
- São Paulo, capital: R$ 274, estável
- Dourados (MS): R$ 264, estável
- Cuiabá (MT): R$ 240, sem alterações
- Uberaba (MG): R$ 260, estável
- Goiânia (GO): R$ 250, sem alterações
O mercado atacadista apresentou preços acomodados durante a quarta-feira. “O ambiente de negócios volta a sugerir por alguma recuperação dos preços, em especial dos cortes do traseiro bovino. Os cortes do dianteiro sofrem com a concorrência da carne de frango e não conseguem avançar de maneira tão consistente nos preços”, avalia o consultor de Safras & Mercado.
- Quarto traseiro ainda é precificado a R$ 20,30, por quilo
- Quarto dianteiro ainda é cotado a R$ 14,30, por quilo
- Ponta de agulha segue no patamar de R$ 14,50
Chineses estão fazendo corpo mole?
As autoridades sanitárias chinesas sinalizaram ao governo brasileiro que retomarão as importações de carne bovina “oportunamente”. O aceno foi dado em reunião bilateral na noite da última terça-feira, 7, quando o Ministério da Agricultura repassou à Administração Geral de Alfândegas da China (Gacc, na sigla em inglês) as últimas informações técnicas a respeito do caso isolado e atípico de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) – doença popularmente conhecida como “mal da vaca louca” – detectado em um animal no Pará em fevereiro.
Do lado brasileiro, a avaliação é de que não há o que ser feito neste momento para a retomada das exportações. Ainda assim, o governo mantém a expectativa para desembaraço das vendas externas antes da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país no fim do mês.
Com informações da Safras e Estadão
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