Relatório divulgado na sexta-feira deve influenciar as negociações nos próximos dias, afirma a consultoria Safras & Mercado. Confira agora!
Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de soja na semana que vem. As dicas são do analista da Safras Consultoria, Luiz Fernando Roque:
- O mercado de soja deve passar mais alguns dias digerindo os números do relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado nesta última sexta-feira, 9. Paralelamente, os players vão continuar atentos a sinais de demanda chinesa pela soja norte-americana, clima para a colheita nos EUA e clima para o plantio da nova safra no Brasil;
- O relatório de outubro do USDA trouxe ajustes relevantes na produção e nos estoques norte-americanos da temporada 2020/21. Ajustes negativos nos estoques já eram esperados desde o relatório trimestral de estoques do dia 30 de setembro, quando o USDA indicou estoques finais para a temporada 2019/20 abaixo do esperado. Tal fato se confirmou, o que impactou os estoques da nova temporada. Além disso, a forte demanda chinesa pela soja norte-americana também levou a um aumento na expectativa de exportações, o que também ajudou no grande corte dos estoques da temporada 2020/21. Fechando o quadro negativo para os estoques, o USDA também reduziu produção norte-americana de 2020/21, aumentando as perdas derivadas dos problemas climáticos registrados em agosto e setembro.
- Chicago ganhou força após o relatório, consolidando-se acima do patamar de US$ 10,50 na primeira posição. As novas compras chinesas registradas nos últimos dias também foram fator positivo ao longo desta semana. Não há por que vermos a China diminuir de forma relevante seu ritmo de compras de soja norte-americana nos próximos dias, mas a eleição americana que se aproxima é um fator novo que pode trazer especulações nas próximas semanas.
- O clima no cinturão produtor dos EUA continua sendo favorável para o avanço dos trabalhos de colheita da nova safra, o que é um fator que pode trazer alguma limitação para as altas recentes. Apesar disso, o clima seco no Brasil continua trazendo problemas para os trabalhos de plantio, o que já começa a pesar como fator especulativo para Chicago (atraso de plantio/colheita e possíveis perdas produtivas).
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Fonte: Agência Safras