O maior tatu-canastra macho já capturado pelo projeto foi capturado por projeto de preservação; O indivíduo tem medidas de 1,6 metro de comprimento (do focinho até a ponta da cauda) e 33 kg
Pesquisadores do Projeto Tatu-Canastra localizaram o maior macho da espécie registrado nos últimos 14 anos, durante expedição no início deste mês, no Pantanal da Nhecolândia, em Mato Grosso do Sul. O indivíduo tem medidas de 1,6 metro de comprimento (do focinho até a ponta da cauda) e 33 kg. Ele foi batizado de Wolfgang.
“Queremos compartilhar com vocês um pouco mais sobre o Wolfgang, o maior tatu-canastra macho já capturado pelo nosso projeto, em 14 anos de trabalho aqui no Pantanal da Nhecôlandia, mais especificamente na Fazenda Baia das Pedras” – disse a publicação.
Liderado por Gabriel Massocato, biólogo e coordenador do projeto no Pantanal, acompanhado pelas médicas veterinárias Carolina Lobo, Mayara Caiaffa e a engenheira ambiental Bárbara Calazans, que atua na nossa equipe da Mata Atlântica, a captura foi realizada com o objetivo de aprofundar a estudar a espécie.
Além de exames para avaliar a saúde, foi instalado um rádio transmissor VHF para que seja possível monitorar o animal nos próximos meses.
Mesmo com o tatu-canastra sendo encontrado em quase toda a América do Sul, o conhecimento dos pesquisadores em relação à espécie ainda é pequeno, já que ele passa a maior parte do tempo embaixo da terra. Além disso, a densidade populacional é pequena.
Outro destaque da espécie é o seu tamanho, sendo a maior entre os tatus. O tatu-canastra aparece como vulnerável na lista de espécies ameaçadas da IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza).
“Para compreender essa baixa densidade populacional, foi coletado o sêmen desse animal durante os exames, um passo importante para aprimorar nosso conhecimento sobre a reprodução de tatus-canastra em vida livre” – também dizia a publicação.
Priodontes maximus, conhecido como tatu-canastra, é considerado o “engenheiro do ecossistema” por construir tocas como refúgio e abrigo térmico para mais de 100 espécies de vertebrados.
A preservação desta espécie – classificada como vulnerável pela lista vermelha de espécies ameaçadas da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) – garante o equilíbrio dos ecossistemas em que habita.
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