À medida que 2024 faz sua entrada, o cenário no mercado do boi gordo se desenha sob um véu de expectativas e possíveis desdobramentos que instigam a atenção de consumidores e produtores. Veja como o ano iniciou no setor; confira preços
No primeiro dia útil do ano, o mercado físico do boi gordo experimentou uma notável lentidão, revelando um ambiente de negócios caracterizado por unidades frigoríficas fora das compras e a ausência de muitos pecuaristas, conforme apontou Allan Maia, analista da Consultoria Safras & Mercado. A expectativa é de uma gradual melhora na liquidez ao longo da quinzena, embora algumas unidades de menor porte estejam enfrentando posições mais apertadas.
A maioria dos frigoríficos permanece tranquila em relação à escala de abates, mas há algumas unidades de menor porte com posições mais desafiadoras. Nas próximas semanas, o foco do mercado estará no comportamento dos preços no atacado, nas condições das pastagens e no ritmo das exportações brasileiras, agora que as festividades ficaram para trás.
Em São Paulo, as cotações permaneceram inalteradas no dia, com a arroba do boi gordo variando entre R$ 240 e R$ 245, dependendo do padrão do animal. Em Minas Gerais, as indicações se mantiveram estáveis, com o boi gordo cotado a R$ 250/@ a prazo no Triângulo Mineiro. Em Goiás, os preços se mostraram acomodados, com a arroba variando entre R$ 235 e R$ 245 no sudoeste do estado.
Mato Grosso do Sul não apresentou mudanças nos preços, com a arroba cotada a R$ 232 a prazo em Campo Grande e Dourados. Em Mato Grosso, as indicações seguiram firmes, com a arroba precificada a R$ 208 a prazo em Cáceres e a R$ 210 em Campos de Júlio.
No mercado atacadista, os preços se mantiveram estáveis para a carne bovina, com uma demanda positiva pelos cortes no final do ano. Apesar da expectativa de reposição entre atacado e varejo no curto prazo, é relevante destacar que o perfil de consumo das famílias pode passar de cortes mais caros para opções mais acessíveis, potencialmente alterando a dinâmica de preços no atacado. O quarto traseiro enfrenta maior resistência a reajustes, sendo precificado a R$ 20,20 por quilo, enquanto o quarto dianteiro e a ponta de agulha permanecem estáveis em R$ 13 por quilo.
Consequências para produtores e consumidores
A lentidão no mercado do boi gordo no início de 2024 pode ter diversas consequências tanto para os consumidores quanto para os produtores.
Consequências para os consumidores
Possível impacto nos preços ao consumidor: A estagnação no mercado do boi gordo pode influenciar os preços ao consumidor, especialmente se persistir por um período prolongado. Mudanças na dinâmica de oferta e demanda podem afetar os valores dos cortes de carne bovina nos supermercados e açougues.
Variação no perfil de consumo: Com a possibilidade de aumento nos preços, os consumidores podem optar por ajustar seus padrões de consumo, migrando de cortes mais caros para opções mais acessíveis. Essa mudança no perfil de consumo pode impactar a demanda por determinados cortes no mercado.
Consequências para os produtores
Desafios financeiros: A lentidão no mercado pode representar um desafio financeiro para os produtores de boi gordo, especialmente aqueles que dependem das vendas para manter suas operações. A redução na liquidez do mercado pode dificultar a comercialização do gado e afetar a receita dos produtores.
Pressão sobre as margens de lucro: Produtores podem enfrentar pressão sobre suas margens de lucro devido à possível estagnação nos preços do boi gordo. Isso pode impactar a rentabilidade das operações, levando alguns produtores a buscar estratégias para otimizar seus custos e melhorar a eficiência.
Adaptação às mudanças de demanda: Se houver mudanças no perfil de consumo por parte dos consumidores, os produtores podem precisar se adaptar, ajustando os tipos de gado produzidos para atender às preferências do mercado. Isso pode envolver uma reavaliação das práticas de criação e seleção de animais.
Em resumo, o desenvolver do mercado do boi gordo pode desencadear uma série de ajustes tanto para os consumidores quanto para os produtores, exigindo flexibilidade e estratégias adaptativas para lidar com as condições em evolução do mercado.
Escrito por Compre Rural.
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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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