Fazendas com estação de monta definida, que fazem uso de IATF e manejo de suplementação, são indicadas para esse tipo de procedimento
Estudo realizado pela Zoetis, em parceria com a Agroceres e a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA) de Colina, indica que é possível até dobrar a taxa de desfrute de uma fazenda que invista na inseminação de novilhas já aos 14 meses, o que também permite eliminar a recria de fêmeas de reposição e liberar mais espaço para a produção de bezerros. “Na prática, tudo isso se traduz em potencial aumento do ROI para o produtor brasileiro que resolver investir nessa estratégia reprodutiva”, afirma o Gerente Técnico da Zoetis Everton Carvalho.
Mas as fazendas indicadas para buscar de imediato essa abordagem são apenas aquelas com estação de monta definida, que já fazem uso da IATF e estão acostumadas a manejo de suplementação. Carvalho também esclarece que o rebanho precisa ter uma genética de qualidade e vai necessitar de estrutura de cocho para aumentar o nível de suplementação destas fêmeas. “A exata estratégia nutricional pode variar de acordo com cada sistema, porém uma meta que pode ser estabelecida para todas os rebanhos é alcançar nas novilhas 60% do peso das vacas adultas para poder entrar em estação de monta”, destaca.
No estudo em questão, foram analisadas 126 novilhas Nelore divididas em três protocolos nutricionais e desafiadas a entrar em reprodução aos 14 meses. Dois grupos foram suplementados a pasto e o terceiro, em sistema de confinamento com o mesmo nível de energia. Ao final de 246 dias, foi possível observar que as novilhas confinadas ganharam mais peso, mais escore de condição corporal, mais gordura subcutânea e tiveram maiores taxas de prenhez durante a estação de monta.
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Elas apresentaram maior ganho de peso (695 g/dia), maior espessura de gordura subcutânea (2,9 mm), maior área de olho de lombo (45 cm2) e maior taxa de prenhez (51,2%) comparadas com as suplementadas a pasto. Uma vantagem deste sistema é poder produzir um bezerro a mais na vida reprodutiva desta fêmea comparada com o sistema tradicional de emprenhá-las aos 24 meses. Mais o que mais se destaca nesse sistema é a possibilidade de aumentar o rebanho produtivo na fazenda e também a taxa de desfrute, ou seja, consegue-se produzir mais Kg de bezerro desmamado por área da fazenda tornado a atividade de cria mais rentável.
Além do mais, o produtor que optar por descartar essas novilhas vazias ao final da estação de monta pode fazer um caixa adicional, pois além de já estarem embaladas com a suplementação (próximos dass 10/12@), elas serão remuneradas pelos frigoríficos com valor de @ de boi gordo, em alguns casos com prêmios adicionais pela idade (zero dente), deixando um lucro acima da média para fêmeas descartes da fazenda.