Maior temor dos empresários e financiadores que apostaram no protesto é perder o visto para os EUA e financiamentos no BB; Agora, segundo a equipe de Lula, o governo ganhou aval para atuar de forma rigorosa contra os golpistas.
Justiça Federal do Distrito Federal recebeu um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) para que haja o bloqueio de R$ 6,5 milhões em bens de 52 pessoas e sete empresas, que tiveram seus nomes divulgados, suspeitas de terem financiado o transporte dos envolvidos nos atos de terrorismo na Praça dos Três Poderes, no último domingo (8/1).
“Não podemos apenas punir quem invadiu, mas também quem financiou e quem articulou politicamente. Esse é um movimento golpista, político, não é algo de um grupo isolado que agiu espontaneamente”, disse ao blog um assessor de Lula envolvido nas investigações.
Apesar das cenas trágicas de domingo, a avaliação do governo Lula é que o “tiro saiu pela culatra”, isolando os bolsonaristas radicais, já que houve um condenação dos atos golpistas até por aliados do ex-presidente da República.
Agora, segundo a equipe de Lula, o governo ganhou aval para atuar de forma rigorosa contra os golpistas.
Os atos classificados pela própria AGU como episódio traumático na história do país”, foram responsáveis por vandalizar e gerar prejuízos irreparáveis ao governo federal. Segundo a União, a quantia bloqueada seria usada para ressarcir o Poder Público pelos danos causados aos prédios.
Veja abaixo a lista de empresas e pessoas incluídas no pedido de bloqueio de bens, divulgada pelo Correio Braziliense:
EMPRESAS
Alves Transportes LTDA., sediada em Araguaína (TO)
Associação Direita Cornélio Procópio, sediada em Cornélio Procópio (PR)
Gran Brasil Viagens e Turismo LTDA., sediada em Frutal (MG)
Primavera Tur Transporte EIRELI, sediada em Primavera do Leste (MT)
RV da Silva Serviços Florestais LTDA, sediada em Piraí do Sul (PR)
Sindicato Rural de Castro, sediado em Castro (PR)
Squad Viagens e Turismo LTDA., sediada em Cariacica (ES)
PESSOAS FÍSICAS
Adailton Gomes Vidal, de São Paulo (SP)
Ademir Luis Graeff, de Missal (PR)
Adoilto Fernandes Coronel, de Maracaju (MS)
Adriane de Casia Schmatz Hagemann, de Realeza (PR)
Adriano Luis Cansi, de Cascavel (PR)
Alethea Veruska, de São José dos Campos (SP)
Amir Roberto El Dine, de Porto União (SC)
Aparecida Solange Zanini, de Três Lagoas (MS)
Bruno Marcos de Souza Campos, de Belo Horizonte (MG)
Carlos Eduardo Oliveira, de São Pedro (SP)
Cesar Pagatini, de Bento Gonçalves (RS)
Claudia Reis de Andrade, de Juiz de Fora (MG)
Daniela Bernardo Bussolotti, de Belo Horizonte (MG)
Dyego Primolan Rocha, de Presidente Prudente (SP)
Fernando José Ribeiro Casaca, de São Vicente (SP)
Franciely Sulamita de Faria, de Nova Ponte (MG)
Genival Jose da Silva, de Ribeirão Preto (SP)
Hilma Schumacher, de Belo Horizonte (MG)
Jasson Ferreira Lima, de Paracatu (MG)
Jean Franco de Souza, de Mirassol (SP)
João Carlos Baldan, de São José do Rio Preto (SP)
Jorge Rodrigues Cunha, de Pilar do Sul (SP)
José de Oliveira, de Bom Jesus dos Perdões (SP)
José Roberto Bacarin, de Cianorte (PR)
Josiany Duque Gomes Simas, de Cuiabá (MT)
Leomar Schinemann, de Guarapuava (PR)
Marcelo Panho, de Foz do Iguaçu (PR)
Marcia Regina Rodrigues, de Ribeirão Preto (SP)
Márcio Vinícius Carvalho Coelho, de Marília (SP)
Marco Antonio de Souza, de Leme (SP)
Marcos Oliveira Queiroz, de São Paulo (SP)
Marlon Diego de Oliveira, de Tupã (SP)
Michely Paiva Alves, de Limeira (SP)
Monica Regina Antoniazi, de Piracicaba (SP)
Nelma Barros Braga Perovani, de Piratininga (SP)
Nelson Eufrosino, de Piratininga (SP)
Pablo Henrique da Silva Santos, de Belo Horizonte (MG)
Patricia dos Santos Alberto Lima, de Belo Horizonte (MG)
Pedro Luis Kurunczi, de Londrina (PR)
Rafael da Silva, de Catalão (GO);
Rieny Munhoz Marcula, de Campinas (SP)
Rosângela de Macedo Souza, de Riolândia (SP)
Ruti Machado da Silva, de Nova Londrina (PR)
Sandra Nunes de Aquino, de Sorocaba (SP)
Sheila Mantovanni, de Mogi das Cruzes (SP)
Stefanus Alexssandro Franca Nogueira, de Ponta Grossa (PR)
Sulani da Luz Antunes Santos, de Vinhedo (SP)
Terezinha de Fátima Issa da Silva, de Caxias do Sul (RS)
Vanderson Alves Nunes, de Francisco Beltrão (PR)
William Bonfim Norte, de Promissão (SP)
Yres Guimarães, de Rio Verde (GO)
Zilda Aparecida Dias, de Rio Claro (SP)
O colunista da Istoé, Leandro Mazzini, aponta fazendeiros como financiadores
A Polícia Federal já identificou pelo menos 10 grandes empresários do agronegócio e fazendeiros, segundo uma fonte da Coluna, que financiaram a viagem de manifestantes que promoveram o vandalismo nas sedes dos três Poderes em Brasília.
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A maioria é de Estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, e um renomado advogado criminalista de Belo Horizonte foi contratada a peso de ouro pelo grupo para suas defesas. Além do risco de prisão, alguns deles temem perder o visto norte-americano permanentemente, e serem obrigados a vender imóveis na Flórida.
Outra preocupação latente desse grupo é a curto prazo: perder os financiamentos de bancos estatais como BB e outros estaduais, a depender do teor da futura sentença judicial depois que forem indiciados pela PF e processados no inquérito comandado no STF pelo ministro Alexandre de Moraes.
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