Vazio sanitário do algodão em Goiás começa neste fim de semana

Em 89 municípios, será proibido cultivar plantas com risco fitossanitário para o bicudo-do-algodoeiro; plantio poderá ser retomado em 21 de janeiro.

O vazio sanitário do algodão em Goiás começa neste domingo, 10, em 89 municípios. A medida estabelece um período no qual é proibido cultivar plantas com risco fitossanitário para o bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis), além de ser obrigatório eliminar plantas voluntárias (tigueras ou guaxas) e plantas rebrotadas (soqueiras) do algodoeiro com presença de estruturas reprodutivas. 

A Instrução Normativa nº 04/2019 da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) também estipula o descarte de restos culturais de área produtora de algodão ou instalações onde houve cultivo, colheita, armazenagem, beneficiamento, comércio, industrialização, movimentação ou transporte de algodão.

Gestão financeira e aquisição de crédito nas mãos do pecuarista

“Os produtores também devem manter as áreas da faixa de domínio livres de restos culturais de algodão nas estradas federais, estaduais, municipais e vicinais, carreadores e suas margens, localizadas dentro ou limítrofe de sua propriedade. Em relação ao transporte dos grãos, as cargas devem estar acondicionadas adequadamente, para não ocorrer o derramamento durante o itinerário. Além disso, é preciso atenção no descarregamento e na limpeza do veículo para evitar a queda dessas sementes e futuras germinações”, alerta a gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio. 

As equipes da Agrodefesa estarão em campo para fiscalizar as áreas produtoras de algodão da Região 4 e comprovar a destruição dos restos da produção e o devido cumprimento do vazio sanitário. A destruição dos restos culturais é obrigatória em até 15 dias após a colheita, não podendo ultrapassar a data limite para o início do vazio sanitário. No caso de descumprimento, o infrator estará sujeito a sanções administrativas.

Alimentação de bovinos

O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, lembra que a Região 4 –  onde estão localizados os municípios incluídos no vazio – é uma localidade com forte presença da pecuária, que pode fazer uso do caroço de algodão na alimentação dos rebanhos bovinos. 

“Nestes casos, o vazio sanitário do algodão engloba a atenção quanto às algodoeiras, os confinamentos de bovinos e as empresas transportadoras de caroço de algodão ou algodão em caroço para evitar a queda desses produtos e futuras germinações”, reforça.

Semeadura

O vazio sanitário na Região 4 termina em 21 de janeiro de 2025, quando o produtor rural poderá voltar a fazer o plantio de algodão. As regiões 1, 2 e 3 já iniciaram o período de vazio sanitário em setembro. A semeadura na Região 1 se inicia em 26 de novembro; na Região 2, em 1º de dezembro; e na Região 3, em 20 de novembro.

Municípios

A Região 4 de Goiás engloba os municípios de Adelândia, Alto Horizonte, Amaralina, Americano do Brasil, Amorinópolis, Anicuns, Araçu, Araguapaz, Aruanã, Bonópolis, Brazabrantes, Britânia, Buriti de Goiás, Campinorte, Campos Verdes, Carmo do Rio Verde, Caturaí, Ceres, Córrego do Ouro, Crixás, Damolândia, Diorama, Estrela do Norte, Faina, Fazenda Nova, Formoso, Goianésia, Goiás, Guaraíta, Guarinos, Heitoraí, Hidrolina, Inhumas, Ipiranga de Goiás, Iporá, Israelândia, Itaberaí, Itaguari, Itaguaru, Itapaci, Itapirapuã, Itapuranga, Itauçu, Ivolândia, Jaraguá, Jaupaci, Jesúpolis, Jussara, Mara Rosa, Matrinchã, Moiporá, Montes Claros de Goiás, Montividiu do Norte, Morro Agudo de Goiás, Mossâmedes, Mozarlândia, Mundo Novo, Mutunópolis, Nova América, Nova Crixás, Nova Glória, Nova Iguaçu de Goiás, Nova Veneza, Novo Brasil, Novo Planalto, Ouro Verde, Petrolina de Goiás, Pilar de Goiás, Porangatu, Rialma, Rianápolis, Rubiataba, Sanclerlândia, Santa Fé de Goiás, Santa Izabel, Santa Rita do Novo Destino, Santa Rosa de Goiás, Santa Teresinha de Goiás, Santa Tereza de Goiás, São Francisco de Goiás, São Luiz do Norte, São Luiz dos Montes Belos, São Miguel do Araguaia, São Patrício, Taquaral de Goiás, Trombas, Uirapuru, Uruaçu e Uruana.

Fonte: Agro Estadão

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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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