A saca de 60Kg de milho seco em Adustina – BA está saindo por R$ 65,00, elevando a mais de R$ 1,00 o kilo do milho. Baixa oferta e alta procura fizeram preço da espiga decolar, os valores nas últimas semanas subiram em torno de 20% à 30%, e produtores estão reclamando e as projeções não são nada animadores, agricultores da região centro-oeste dizem que as lavouras terão uma queda de produção em torno de 50% devido a baixa quantidade de chuva.
Cotação no exterior
O preço do milho na Bolsa de Cereais de Chicago registrou na quarta-feira (13.07) alta de 9,75 centavos de Dólar nos contratos de Setembro/16, fechando em US$ 3,62 por bushel. As demais posições em destaque da commodity fecharam a sessão com valorizações entre 8,50 e até 16 pontos (caso do contrato de Julho/16). O mercado norte-americano do milho teve ganhos nas principais cotações dos futuros, impulsionado pela previsão de calor acima da média nas próximas duas semanas. O quadro também pode se agravar em função da falta de chuvas, o que comprometeria o rendimento da nova safra 2016/17.
Colheita da Safrinha pode melhorar cenário ou não
Com a colheita da safrinha, cotação da saca do grão no mercado futuro pode cair até R$ 10, tornando a atividade atrativa no segundo semestre
Depois de um primeiro semestre desafiador, os confinadores começam a ter boas perspectivas para o segundo semestre. Com o início da colheita da safrinha do milho, a cotação do grão começou a oscilar e o preço da saca pode cair até R$ 10 no mercado futuro. “Não devemos voltar aos patamares anteriores, mas os preços devem ser melhores do que no primeiro semestre”, destaca Alcides Torres, da Scot Consultoria.
De acordo com o consultor, a queda também deve ser sentida no farelo de soja e demais insumos utilizados para alimentação dos animais, o que torna o cenário animador para o segundo giro do confinamento. “Somado a isso, temos também o preço da arroba no mercado futuro, que tende a crescer em função da oferta restrita de animais. O número de cabeças confinadas deve ser menor que no ano passado, mas o segundo giro deve proporcionar uma boa margem aos pecuaristas”, avalia.
Em termos de preço, Torres acredita que o boi gordo deve permanecer entre R$ 165 e R$ 168/@ no mercado futuro e a saca do milho ser cotada em torno de R$ 45 tendo como base a praça de São Paulo. “Sempre há espaço para oscilações de preços, mas elas devem ser mais discretas tanto para cima quanto para baixo”.
Fontes portaldbo.com.br