Variabilidade genética garante expansão da Angus

O Brasil dispõe de um rebanho Angus com uma ampla variabilidade genética que propicia a utilização da raça nos mais diversos sistemas de produção, tanto em modelos extensivos a pasto quanto nos mais intensivos.

Essa característica permite a criação em diferentes regiões do pais, entre elas o Oeste do Paraná, onde a Angus vem crescendo com força. “A Angus tem oferta diversificada de reprodutores, o que dá ao criador inúmeras possibilidades genéticas para escolher o animal que se adapta ao seu sistema de produção”, frisou o gerente de Fomento da Associação Brasileira de Angus, Mateus Pivato, que palestrou nesta quarta-feira (11/7) durante o Circuito Touro Angus Registrado. O evento foi realizado na sede do Sindicato Rural de Cascavel e contou com a presença de mais de 50 pessoas. Essa variabilidade é a ferramenta que transforma a Angus em opção diferenciada de Sul a Norte do país, além da precocidade que confere à criação tanto em termos reprodutivos quanto de terminação. “A raça Angus hoje tem o touro certo para qualquer sistema de produção e esse potencial se resume em eficiência e lucro no bolso do produtor”, salientou Pivato.

Contudo, acertar na escolha da genética a ser adquirida exige estudo e atenção do pecuarista. “O touro que anda bem em um rebanho nem sempre terá o mesmo resultado na sua fazenda. Antes de escolher o reprodutor é preciso conhecer seu sistema de produção e os objetivos da propriedade”.

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Pivato explicou que o primeiro passo para não errar na escolha de um reprodutor é optar por um Touro Angus Registrado. Animais marcados recebem a chancela da Associação Brasileira de Angus, têm sua história genética conhecida e são capazes de transmitir a seus descendentes características esperadas com maior uniformidade. Se o criador optar por animais que também são avaliados em programas de melhoramento genético – com o uso das chamadas DEPs (Diferença Esperada na Progênie), por exemplo – ainda poderá trabalhar com objetivos claros, como a DEP de Peso ao Desmame que garante bezerros com até 10 quilos a mais em relação aqueles produzidos a partir de um touro comum. “O investimento em reprodutores Angus melhoradores se paga nas primeiras safras de bezerros e deixa um legado genético para a propriedade por cerca de 13 anos”.

Promovida pela Associação Brasileira de Angus, a palestra do Circuito Touro Angus Registrado em Cascavel foi aberta pelo presidente do Sindicato Rural de Cascavel, Paulo Orso, e pelo presidente do Núcleo de Criadores de Angus do Oeste do Paraná, Agassiz Linhares. Realidade na pecuária do Paraná, a Angus vem ganhando espaço, principalmente após a certificação da CooperAliança para a produção de Carne Angus Certificada em Guarapuava (PR). A carne Angus produzida pela cooperativa foi servida aos participantes em degustação ao final do evento. “O Paraná ainda tem muito a crescer. Mas, com a explosão da carne de qualidade, os criadores já estão entendendo que é muito importante usar Angus e abater animais com menos de dois anos. E a Angus encaixa muito dentro desse conceito devido à qualidade da carne e à precocidade”, pontuou Linhares.

Criador da raça na região, Rogério Stein acompanhou a apresentação e destacou a importância de eventos como o circuito para suprir a carência de informação técnica sobre pecuária aos criadores do Paraná. “O circuito tem sido um sucesso em todos os locais por onde passou. O Paraná estava sedento de informações. Estamos ao lado da Associação para ampliar esse trabalho e difundir a raça”, pontuou.

O Circuito, que começou na segunda-feira (9/7) em Campo Mourão e seguiu com palestra na terça-feira (10/7) em Pitanga, será encerrado nesta quinta-feira (12/7) no município de Dois Vizinhos.

Via Angus

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