Luís Rua tomou posse na tarde desta sexta, 04, e falou com exclusividade ao Agro Estadão sobre as “missões” dadas pelo ministro da Agricultura.
Menos de duas horas depois de assumir a secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária, Luís Rua representou o ministro Carlos Fávaro em um evento na Embrapa Cerrados, em Brasília. “Vim a pedido do ministro”, disse o novo secretário ao Agro Estadão.
Antes da cerimônia que iria celebrar a presença da Rainha Mary da Dinamarca, Luís Rua conversou com a reportagem sobre os planos à frente da secretaria. Segundo ele, uma das missões dadas pelo ministro Fávaro é aumentar a participação de cadeias produtivas nas exportações.
“Ainda não sentei com o ministro Fávaro para falar exatamente sobre os números, mas vamos buscar todas as oportunidades que existirem em todas as cadeias produtivas, para que a gente possa ampliar o número de mercados, as possibilidades para os nossos exportadores e produtores rurais, e que outras cadeias que exportam menos possam ter condição de acessar mercados importantes”, comentou Rua com exclusividade ao Agro Estadão.
Na cadeia animal, o secretário cita o pescado de cultivo como um produto que deverá buscar mais mercados. Nas cadeias vegetais, para além de soja e milho, Rua explica que deverá trabalhar outros produtos com agregação de valor. “É o caso do café, de produtos oriundos da cana-de-açúcar, e a fruticultura”, afirma.
“O Brasil tem uma fruticultura tropical de qualidade e participa apenas com 1% das exportações mundiais.. O país com essa sanidade, qualidade, certamente poderemos ter mais espaço no mercado internacional”, completa.
Continuidade do trabalho de Perosa e relações com a China
Luís Rua tem viajado nos últimos dois anos com o ministro Carlos Fávaro e toda a equipe do Mapa. Ele recebeu o convite de Fávaro para substituir Roberto Perosa, que deixou o cargo nesta sexta-feira, 04, para se dedicar aos negócios e voltar a atuar na iniciativa privada.
“Fiquei muito contente com a indicação e prontamente aceitei o desafio de trabalhar para todo o agro do Brasil”, disse o até então diretor de Mercados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Segundo ele, o trabalho que vinha sendo desempenhado por Roberto Perosa terá continuidade. Ao destacar a abertura de mais de 200 mercados em 21 meses, o secretário garante que seguirá trabalhando forte nesta questão.
“Agora teremos onze novos adidos [serão nomeados até o fim do ano], então tudo isso gera um ambiente muito positivo para que a gente possa, cada vez mais, continuar nessa toada, avançar cada vez mais, e trazer novos recordes para o país”, projeta.
No ano em que China e Brasil completam 50 anos de relações diplomáticas, os negócios tendem a aumentar com o país asiático. Rua diz que o “ambiente político” é muito positivo e que novas plantas frigoríficas devem ser autorizadas a exportar. “Vamos trabalhar em ampliações em mercados que a gente já tem acesso, fazer essas boas relações diplomáticas. O ministro Fávaro dá muita atenção para essa temática”, conta.
Sobre a prorrogação da lei europeia, após manifestações do Brasil e de outros países a respeito da necessidade de ampliar o prazo, Rua diz que o momento é de aprender sobre a regulamentação.
“A gente está no processo de compreensão e, naturalmente, defenderemos os interesses do Brasil. E com uma boa diplomacia, com muita conversa, a gente consegue chegar a um bom ponto e não prejudicar as exportações do Brasil”, avalia o secretário.
Fonte: Agro Estadão
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ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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