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O valor médio da tonelada de carne bovina exportada foi de US$ 4.603,00, um salto significativo em comparação ao mesmo período de 2023.
Nos primeiros 14 dias de outubro, as exportações brasileiras de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada registraram um aumento expressivo, com o valor médio subindo 42,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior. A análise, realizada pela Agência Safras e baseada nos dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), reflete um cenário de forte desempenho nas vendas internacionais, impulsionado por demanda crescente e um mercado aquecido.
Segundo a Secex, o Brasil exportou 176,399 mil toneladas de carne bovina nos primeiros 14 dias úteis de outubro, com uma média diária de 12,599 mil toneladas. O total gerado pelas exportações alcançou US$ 811,956 milhões, o que representa uma média diária de US$ 57,996 milhões. O valor médio da tonelada de carne bovina exportada foi de US$ 4.603,00, um salto significativo em comparação ao mesmo período de 2023.
Esse desempenho notável reflete o ganho de 42,1% na quantidade média diária exportada, além da alta de 42,3% no valor médio diário obtido com as exportações. Já o preço médio da tonelada subiu modestamente, registrando um avanço de 0,1%.
Esse aumento no valor médio das exportações pode ser atribuído a fatores como aumento da demanda em mercados internacionais, valorização de produtos de maior qualidade e o fortalecimento do real frente ao dólar em momentos específicos do período.
Impacto para o Agronegócio Brasileiro
O crescimento nas exportações de carne bovina reforça o papel do Brasil como um dos maiores players globais no mercado de proteínas animais. Com a demanda crescente, especialmente da Ásia, onde China e Hong Kong se destacam como os principais compradores, o agronegócio brasileiro mantém sua relevância no cenário internacional.
Esse aumento no valor médio é uma excelente notícia para os pecuaristas, que enfrentaram desafios com custos elevados de insumos nos últimos anos. O forte desempenho das exportações, tanto em volume quanto em valor, contribui para equilibrar as contas do setor, permitindo maior rentabilidade e incentivos para investimento em qualidade e produtividade.
Comparativo com a Carne Suína
Além da carne bovina, as exportações de carne suína in natura também tiveram um desempenho robusto. Nos primeiros 14 dias úteis de outubro, as vendas externas de carne suína renderam US$ 187,856 milhões, com média diária de US$ 13,418 milhões. A quantidade exportada foi de 74,922 mil toneladas, com uma média diária de 5,351 mil toneladas, e o preço médio da tonelada ficou em US$ 2.507,30.
Em relação a outubro de 2023, o setor de carne suína registrou alta de 49,3% no valor médio diário, um avanço de 36,2% na quantidade exportada, e uma alta de 9,6% no preço médio. Esses dados demonstram um desempenho semelhante ao da carne bovina, com aumentos expressivos tanto no valor quanto no volume exportado.
Expectativas para o Setor da Carne Bovina
Com esses números robustos, o setor de exportação de carnes segue aquecido, alimentado pela forte demanda externa e pela recuperação econômica de alguns países pós-pandemia. A projeção para os próximos meses é de continuidade no crescimento, especialmente se mantidos os atuais níveis de demanda e se não houver grandes oscilações cambiais ou logísticas.
O agronegócio brasileiro, com suas exportações recordes de carne bovina e suína, reafirma sua importância na economia nacional, gerando empregos, renda e divisas para o país. Com uma cadeia produtiva altamente eficiente, o Brasil segue consolidando sua posição de liderança no mercado global de proteínas animais.
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