Atente-se à qualidade de sementes na safra 21/22: saiba como garantir a produtividade e identificar as sementes de pastagens piratas evitando prejuízos
O uso de sementes piratas vem crescendo no setor agropecuário há anos. Comercializadas de maneira informal e sem certificado de origem ou garantia de validade, prejudicam o agricultor brasileiro, que muitas vezes é enganado pela falsa promessa de investir pouco para colher muito. “Hoje em dia as sementes piratas já estão sendo utilizadas em quase 30% das áreas de plantio e a cada dia que passa trazem mais danos para a lavoura. Estima-se que o prejuízo no campo possa chegar a dois bilhões de reais por ano”, explica Diego Pereira, Especialista em Tecnologia de Sementes da Barenbrug.
Estima-se que o prejuízo para o agricultor brasileiro chega a R$ 2 bilhões por ano e esse número não para de crescer. “As sementes piratas são comercializadas no mercado informal e não possuem qualquer garantia, procedência ou certificação. Além disso, uma semente pirata não tem nenhum controle de qualidade e não atendem à atributos básicos para comercialização, conforme estabelecidos pela lei”, explica Diego Pereira, Especialista em Tecnologia de Sementes da Barenbrug.
Como identificar uma semente pirata?
A maioria das sementes piratas são provenientes de sementes salvas. A venda e compra destas sementes é feita de forma ilegal pelo produtor, e facilitada pelo valor de venda e pelo fácil acesso. Muitas vezes os produtores não entendem que estão comprando uma semente pirata, mas algumas dicas podem ajudar a sanar esse problema.
Sementes de qualidade resultam em maiores ganhos de produtividade, melhor desenvolvimento e uniformidade
Nas embalagens necessitam conter informações obrigatórias como CNPJ, razão social, certificação do produtor e também o RENASEM (Registro Nacional de Sementes e Mudas). Com o número do registro, por exemplo, é possível verificar e rastrear todos os dados do produtor, embalador ou fornecedor das sementes. Além disso, na embalagem deve constar a validade, o número, os valores de germinação ou viabilidade e a pureza do lote. “Ao comprar uma semente em que a embalagem não apresente o que foi descrito acima, ela com certeza é uma semente pirata”, pontua o especialista
Mistura de cultivares e impurezas
As sementes piratas podem vir misturadas com materiais inertes, sementes de plantas daninhas, terra, pedras e outras partículas de solo, enquanto sementes certificadas apresentam valores baixos de impureza. Além disso, a falta de uniformidade e, no caso de algumas espécies, a coloração da semente são outros itens a serem checados, uma vez que sementes de uma mesma cultivar apresentam características uniformes e coloração iguais.
O barato pode sair caro –– Comprar uma semente pirata apenas pelo preço pode prejudicar um ano inteiro de trabalho árduo. Ao perder em qualidade, o agricultor perde em produtividade. Embora o consumo de sementes piratas cresça a cada dia, a venda e a compra de uma semente pirata são crimes. É importante evitar comprar sementes de vizinhos ou amigos e, sim, procurar uma revenda de confiança e tirar as dúvidas com um engenheiro agrônomo.
Quais os riscos do uso de sementes piratas?
Os fatores de risco de uma semente pirata são inúmeros, sendo quatro principais:
Plantas daninhas e pragas
O aumento da incidência de plantas daninhas entre a plantação dificulta o controle da mesma e aumenta o uso desnecessário de defensivos agrícolas, afetando a produtividade e riscos ao ambiente. Geralmente as sementes piratas aumentam a disseminação de pragas comprometendo a produtividade da lavoura e aumentando o custo do manejo.
Sementes Contaminadas
Muitas das sementes piratas podem vir contaminadas e tornam-se vetores para o campo, causando epidemias e, consequentemente, a perda de produtividade e o aumento do custo da produção.
Baixa germinação
A semente pirata geralmente não emerge de forma uniforme no campo, reflexo do baixo vigor, o que causa falhas no estabelecimento da cultura e acarreta perdas. Ainda vale ressaltar que não contam com tecnologias nos mesmos padrões fornecidos pela Barenbrug, que passam por um rígido controle de qualidade antes e após a aplicação do seu exclusivo tratamento industrial de sementes, Yellow Jacket®.
“Ao perder em qualidade, o agricultor perde em produtividade. Hoje comercializamos um produto com alto teor de pureza, padronizado e uniforme. A Barenbrug possui a mais moderna infraestrutura de beneficiamento e incrustação de sementes forrageiras do mercado brasileiro; nela o produtor pode confiar”, finaliza o especialista.
A semente forrageira é um componente de extrema importância para a agropecuária, e está intimamente ligada ao sucesso no estabelecimento da pastagem ou lavoura. A qualidade de sementes pode ser considerada como um conjunto de atributos que determinam seu desempenho, tais como aspectos físicos (pureza), fisiológicos (germinação e vigor), sanitários (pragas e doenças) e características genéticas de cada material.
Sementes de qualidade resultam em maiores ganhos de produtividade, melhor desenvolvimento e uniformidade das plantas à campo, o que garante maior retorno econômico ao produtor. Enquanto materiais de baixa qualidade, como sementes piratas ou com baixa qualidade, compromete ou pode gerar dificuldade futuras na implantação da pastagem.
Caso de sucesso: Fazenda Capetinga
A Fazenda Capetinga, localizada no município de São João Batista do Glória, em Minas Gerais, atua no ramo da produção de leite, utilizando um sistema de confinamento para a criação de gado holandês. “Entendemos que a gente tem três fatores produtivos que temos que otimizar: o homem, a terra e o animal”, acredita Marcelo Cassoli, o proprietário e gestor da fazenda.
Produtor de leite Marcelo Cassoli pontua a importância da tecnologia e gestão para obter sucesso ao gerir uma fazenda
A Barenbrug do Brasil reforça sua preocupação com o assunto e traz mais informações sobre como se precaver e proteger o cultivo diante deste tipo de semente.