Seu Manelito Dantas partiu mas seu legado continua rendendo frutos; Fazenda Carnaúba apresenta a recordista mundial na produção de leite dentro da raça Sindi
O Cariri paraibano está em festa, a vaca da raça Sindi Adega D é pela segunda vez recordista de leite dentro da raça, chegou a 38,7 kg/leite/dia. Este mês de janeiro/2021 irá produzir seu 30° bezerro entre partos naturais e FIV. A Fazenda Carnaúba, do saudoso Manelito Dantas, é uma das grandes selecionadoras de gado Sindi e Guzerá no sertão nordestino e também uma das maiores fábricas artesanais de queijos multi-premiados do Brasil.
“Vejam que vaca rústica, sua dieta de pré-parto é este capim lignificado e palma+núcleo mineral que desenvolvemos. Uma vaca de alta produção e se mantém em ótima condição corporal nesta dieta que para outras seria impossível. Esta é uma das várias virtudes da raça Sindi.” – segundo seus criadores.
Animal com aproximadamente 13 anos de idade indo para sua nona cria, de parto natural, possui intervalo entre partos médio inferior a 12 meses, sendo que nos últimos 7 foi a pior seca da história. Adega também foi recordista nacional de leite em 2013 e 2015 com 38,7 kg/leite /dia.
A Adega D é uma vaca expoente da raça Sindi no Brasil, vem de uma linhagem de quatro gerações já aferidas e provadas na fertilidade, rusticidade e produção de leite.
O gado SINDI está presente no nordeste brasileiro desde a década de 1970, quando se firmou uma parceria entre o criador paulista José Cenário de Castilho, que foi o precursor da raça SINDI no Brasil a partir de importações da década de 1930 e a Universidade Federal da Paraíba, na cidade de Patos. Em paralelo a isso o criador Rômulo Monteiro implantou na cidade de Ribeirão, no estado de Pernambuco um rebanho de gado SINDI com a mesma origem, esse rebanho veio a ser adquirido no início dos anos 1980 pelos pecuaristas paraibanos Manoel Dantas Vilar, Saulo Maia e Pompeu Borba, fortalecendo a consolidação da raça no estado da Paraíba .
“Atualmente o gado SINDI se encontra em franca expansão por toda a região nordeste bem como por todo o Brasil tropical, devido às suas características que tem contribuído sobremaneira para a evolução da Pecuária Brasileira. Características essas como rusticidade, adaptabilidade, precocidade, fertilidade, habilidade materna, revestimento de carcaça , marmoreio e produção leiteira. Essas virtudes da raça têm se provado no campo, fazendo com que surjam a cada dia mais adeptos da raça que por seu caráter de dupla aptidão pode ser criada para fins de produção de leite e/ou de carne, dependendo dos objetivos de cada pecuarista.” – Álvaro Borba – Sindi P (Fazenda Riacho do Navio), Campina Grande (PB).