Afinal de contas, por que a vaca Nelore é a “mãe” do rebanho de corte brasileiro? Confira porque essa vacada é sensacional!
Do rebanho bovino brasileiro de cerca de 220 milhões de cabeça, 80% têm o sangue do Nelore, raça de origem na região da Índia que ganhou o país por uma série de características que combinaram com o clima e o objetivo dos pecuaristas. Deste total, são cerca de 48 milhões de vacas Nelore, “parindo, produzindo carne, enfim, trabalhando para pecuária do brasil que é a mais forte do planeta”, conforme disse o doutor em zootecnia e especialista em julgamento de zebuínos William Koury Filho, diretor fundador da BrazilcomZ – Zootecnia Tropical, consultoria em melhoramento que atua na gestão genética e soluções técnico-comerciais em bovinos.
Características como a capacidade do Nelore em se adaptar a um ambiente mais restritivo, da fêmea se manter em boa condição corporal, do índice de fertilidade ser lá em cima com pouca exigência ambiental, de parir um bezerro vigoroso que logo parte pra primeira mamada, facilitada por serem pequenos, isso é uma vaca zelosa com a cria, fazem dessa vacada uma grande campeã no mundo pecuário. Confira!
“A gente vai falar um pouco mais da importância dessa bula, de ter a genética correta pro seu sistema de produção pra que você, pecuarista, atinja seus objetivos. E vamos falar um pouco mais de como as qualidades da vaca Nelore fizeram dessa raça mais uma vez um fenômeno quantitativo no Brasil. A vaca Nelore é bruta é boa mesmo e a gente não pode perder essas boas características porque eles são fundamentais para a gente tocar a nossa pecuária do jeitão que é no Brasil, pecuária de grande áreas, grandes rebanhos. E a vaca Nelore mais uma vez é campeã na facilidade do manejo e no que ela entrega”, destacou.
A vaca Nelore é uma das grandes responsáveis pela tomada do território brasileiro pelo Nelore, conforme disse Koury. “Nós vamos mostrar primeiramente através da história por que o Nelore conquistou solos brasileiros através das suas boas características funcionais, e muitas delas já vieram moldadas por seleção natural dos animais que vieram da Índia. A capacidade do Nelore em se adaptar a um ambiente mais restritivo, da fêmea se manter em boa condição corporal, do índice de fertilidade ser lá em cima com pouca exigência ambiental, de parir um bezerro vigoroso que logo parte pra primeira mamada, facilitada por serem pequenos, isso é uma vaca zelosa com a cria. Todas estas boas característica de adaptabilidade, sem contar a tolerância a alta temperaturas e também ainda a endo e ectoparasitas, todas estas boa características fizeram do Nelore a raça mãe do Brasil. Não é à toa. E amanhã nos vamos salientar muito a importância da fêmea neste cenário, já que, lógico, o macho que é tolerante ao calor, tem capacidade de andar atrás de fêmea o dia todo, o individuo é altamente fértil, ele é muito importante, agora sem as boas características da matriz, o Nelore não chegaria a esses patamares, é um fenômeno em termos numéricos a proporção do Nelore no rebanho brasileiro”, comentou.
- Fávaro: “que empresas brasileiras deixem de fornecer carne até para o Carrefour Brasil”
- Relatório da PF aponta Bolsonaro, Cid, Braga Netto e Heleno como “líder, operador e núcleo duro”; veja papel de cada um
- ANCP consolida liderança genômica no Brasil
- Fundo de Garantia de Operações para o crédito rural já é realidade no Rio Grande do Sul
- Repúdio ao Grupo Carrefour é tom da semana
De acordo com Koury, olhar para as DEPs sem prestar atenção se o seu ambiente favorece a expressão da genética pode ser prejudicial. “Olhar para o programa de melhoramento genético é imprescindível hoje, mas a gente tem que olhar com senso crítico, de forma a interpretar a régua de DEPs e cuidados, de não ir só no índice achando que é uma solução mágica para tudo. Amanhã nós vamos contemplar bastante esse tema”, concluiu.
Compre Rural com informações do Giro do Boi