Ministério está adotando imediatamente as providências para que as exportações da carne bovina brasileira sejam restabelecidas o mais breve possível
O exame sobre o caso de mal da vaca louca no Pará realizado em um laboratório de referência no Canadá confirmou, nesta quinta-feira (2), que se trata de uma infecção atípica. Isso reafirma a avaliação de técnicos do governo do Pará e também do Ministério da Agricultura de que foi um caso isolado sem prejuízos para qualidade da carne bovina produzida no Brasil.
Encefalopatia Espongiforme Bovina EEB atípica (não transmissível) – ocorrência esporádica e espontânea normalmente em indivíduos mais velhos, acima de oito anos. No Brasil, já foram identificados quatro casos de EEB atípica (desenvolvida espontaneamente) que logo foram investigados e totalmente descartada a disseminação da doença e risco para a saúde humana. Nenhum caso de EEB clássica foi diagnosticado em território nacional.
Agora, a expectativa do governo federal é de retorno praticamente imediato da venda de carne bovina para China, nosso principal comprador. A comercialização está suspensa desde o dia 23 de fevereiro, quando veio à tona a confirmação da doença em um boi de 9 anos, no Pará. O animal foi sacrificado e a carcaça incinerada.
Outra problema que o governo brasileiro deverá mediar é a suspensão temporária de exportação de carne do Pará para a Rússia. Em comunicado divulgado pela autoridade sanitária do país, o país suspendeu por 30 dias a importação de qualquer produto de origem bovídea (bovinos vivos, carne bovina de animais com 30 meses ou mais, carne bovina com osso, miúdos e outros subprodutos bovinos) que tenha como origem o estado do Pará
Confira a nota oficial do MAPA
Conforme as indicações do corpo técnico do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a análise do laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) confirmou, na noite desta quinta-feira (02), que o caso isolado de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) detectado no município de Marabá (PA) é atípico tipo H.
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, comunicou imediatamente o resultado da amostra ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, imediatamente, iniciou a inserção das referidas informações no sistema para a comunicação oficial à OMSA e às autoridades chinesas.
Assim que concluído o processo, será marcada uma reunião virtual com o governo chinês para tratar do desembargo da exportação da carne bovina ao país.
“Ressalto que rapidez, eficiência e a transparência solicitada pelo presidente Lula foi fundamental. Agradeço à nossa equipe e à do governador do Pará, Helder Barbalho, que nos permitiu uma atuação rápida desde a identificação do caso”, comentou Fávaro.
Por se tratar de caso atípico, ou seja, ocorrido por causas naturais em um único animal de 9 anos de idade e com todas as providências sanitárias adotadas prontamente, o Ministério da Agricultura e Pecuária está adotando imediatamente as providências, de acordo com os protocolos sanitários, para que as exportações da carne bovina brasileira sejam restabelecidas o mais breve possível.
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