A beleza racial e os altivos chifres em lira são o símbolo da raça Guzerá, raça, se destacando como uma das maiores maravilhas da pecuária; fotos
Gado indiano Kankrej ou Guzerá como é conhecido no Brasil é a mais antiga de todas raças zebuínas e se mistura com a história da humanidade. Sua presença remete a milênios e se mistura com a própria história da humanidade, uma vez que o uso dessa pecuária é uma das bases que estruturou algumas entre as primeiras grandes civilizações da antiguidade.
No Brasil a raça se difundiu muito bem desde o início do século passado e ainda há núcleos de criadores por todo o país. O Nordeste é uma das regiões onde a raça mais se desenvolveu, principalmente por uma de suas melhores qualidades, a rusticidade.
Território do Guzerá autêntico, surge o Núcleo Kankrej – Sociedade Nordestina do Guzerá Arcaico. “O potencial de alto desempenho a pasto e em forragens simples e de baixo custo, traduzindo em fertilidade, leite, precocidade, rusticidade, resistência à seca e alto rendimento do Guzerá exige fidelidade à sua tradição secular no Brasil e milenar na Índia” – Davi Teixeira, Marca Vi.
Além desse núcleo é possível registrar muitos outros por todo o território nordestino, e é de um deles que encontramos um exemplar único da raça Guzerá, uma matriz com os chifres bem diferentes. Foi através do Guzerá Núcleo Bahia, que há 26 anos investe em resultados e melhoramento genético da raça Guzerá, com dupla aptidão, para corte e para leite, que nós encontramos a foto da vaca.
Segundo o núcleo, trata-se de uma anomalia adquirida por acidente. O animal é de propriedade do pecuarista John George Carvalho Donald, Guzerá da Pradonal – Fazenda Logrador, Jeremoabo, Raso da Catarina, Bahia. Confira a imagem:
A beleza racial e os altivos chifres em lira são o símbolo dessa raça, se destacando como uma das maiores maravilhas da pecuária. Segundo publicações da raça há vários tipos de chifres, mas iguais a esse, ainda não foram catalogados.
Há somente um registro, que conhecemos, do Zootenista José Otávio Lemos, inclusive relatado aqui no CompreRural. Ele compartilhou nas redes sociais, um touro da raça com os chifres com direções bem diferentes das usuais, lembrando um Íbex, espécie de mamífero bovídeo caprino, em estado selvagem na Europa. Esta espécie habita as regiões montanhosas dos Alpes, em zonas de vegetação esparsa. Também é conhecido pelo nome de Íbex-dos-alpes.
O registro foi encontrado na internet – autor desconhecido – e o animal, de origem indiana, tem os chifres bem grossos e com direções bem diferentes das tantas que são características da raça. Confira a imagem:
Muitos defendem que todos os quatro tipos de grupos de portadores de chifres (cervídeos, antilocaprídeos, bovídeos e girafídeos) tiveram um ancestral comum, e esse tenha possuído determinada combinação de genes que permitiu evolução e separação dos grupos, geração por geração. Assim, eles pretendem observar as funções dos chifres para cada espécie animal em busca de novos conhecimentos que possam ajudar os humanos por diferentes formas.
As raças evoluíram e estabelecidos fortes grupos genéticos. Nada está totalmente fechado. A evolução não estaciona. Num grupamento bem caracterizado aparecem tipos, que poderão ser multiplicados ou não (variedades ou até novas raças) de acordo com os conceitos que nós, os humanos, quisermos preservar, multiplicar. Por interesses econômicos ou, simplesmente, curiosidade.
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