Uso de inteligência artificial nas lavouras garante eficiência no controle de plantas daninhas, doenças e deficiências nutricionais

Com tecnologia de ponta e evolução constante na combinação de inteligência artificial e imagens de alta resolução, a Taranis do Brasil se destaca como uma solução eficaz para identificar ameaças no campo

Em seus cinco anos de operação no Brasil, a multinacional de origem israelense, com forte presença nos Estados Unidos, tem se sobressaído no setor, com um crescimento superior a 300% no Brasil nos últimos 3 anos. Segundo Fábio Franco, gerente-geral da empresa, esse aumento reflete o contínuo investimento da Taranis em pesquisa, desenvolvimento e aprimoramento de seus equipamentos, capazes de identificar, inclusive, espécies de plantas daninhas que podem comprometer a produção de diversos cultivos, incluindo a cana-de-açúcar.

O histórico da Taranis se destaca no setor agropecuário, que, entre 2015 e 2016, viu o surgimento de milhares de startups voltadas para o mercado. “De repente, o universo do agro foi invadido por empresas locais, nacionais e internacionais, de diferentes segmentos, como monitoramento de drones, maquinários de inteligência e agricultura de precisão. Dentro desse universo, a Taranis não apenas sobreviveu, mas hoje opera fortemente nos Estados Unidos e está crescendo muito no Brasil“, afirma Franco.

Apesar de estar no Brasil desde 2017, o grande avanço aconteceu em 2021, quando a empresa decidiu apostar na cultura da cana-de-açúcar, respaldada por feedbacks do meio acadêmico. Em 2022, a Taranis se apresentou ao mercado com o evento Sinergia. Desde então, a carteira de clientes tem sido constantemente renovada e ampliada.

Evolução constante e rapidez na entrega

Especialista em hardware e responsável pelo desenvolvimento, instalação e manutenção dos equipamentos da Taranis instalados nas aeronaves, João Precivalli observa que o sistema criado pela empresa em seu início era conceitualmente bastante semelhante ao utilizado atualmente, mas em uma escala reduzida, com drones como única ferramenta de trabalho. Desde o início, a empresa utiliza câmeras de alta qualidade e resolução, com hardware próprio e patenteado.

“Com o tempo, entendemos que o drone tem uma capacidade de captação inferior à de uma aeronave, então desenvolvemos um novo sistema com uma câmera instalada na parte externa de um avião real. Começamos com aeronaves pequenas e evoluímos esse sistema para um Cessna 172, que usamos até hoje, devido à sua flexibilidade e autonomia, pois ele consegue voar por mais tempo e captar mais imagens. Ao longo desses cinco anos, tivemos diversas versões desse sistema”, explica Precivalli.

Sistema de câmeras evolui e aumenta a precisão

A evolução da câmera resultou em uma melhoria significativa na resolução, qualidade e quantidade das imagens, até chegar ao sistema atual, onde o processamento é realizado dentro da própria aeronave. Hoje, a Taranis dispõe de uma frota de aviões equipados com câmeras que capturam imagens de altíssima qualidade. Cada aeronave consegue mapear até 2 mil hectares por dia, capturando de 4 a 8 amostras por hectare, com uma precisão foliar. Com o atual nível da inteligência artificial, é possível identificar até 74 espécies de ervas daninhas nas lavouras, além da presença e ausência de doenças e deficiências nutricionais. Os resultados são entregues em até 72 horas após a coleta das imagens, enquanto com drones o mapeamento é limitado a 350 hectares.

O uso de aeronaves permite atender mais clientes em menos tempo, gerando dados de forma mais rápida. A atual frota da Taranis suporta praticamente um milhão de hectares de monitoramento por ano. Para monitorar 2 mil hectares com uma equipe de campo de uma usina, por exemplo, o produtor levaria cerca de nove dias. Essa economia de tempo é crucial para a produtividade da lavoura, pois quanto mais rápido o problema é identificado, mais rápida é a solução.

Metodologia única e atendimento completo

De acordo com Fábio Franco, um dos principais diferenciais da Taranis é realizar todo o trabalho para o produtor, que precisa apenas informar a área da propriedade a ser monitorada. Sua metodologia exclusiva para captura de imagens une inovações tecnológicas e operacionais, resultando em informações precisas em um tempo reduzido.

A empresa atua em todas as regiões do Brasil, além da Argentina, Uruguai e Peru, com planos de expansão para a Bolívia e a Colômbia. “Realizamos todo o trabalho para o produtor, desde o início até a entrega dos resultados. Ele nos informa a área a ser monitorada, e a Taranis faz o voo, coleta as imagens, realiza o diagnóstico com inteligência artificial e valida os dados com um time de qualidade, garantindo uma checagem dupla antes de apresentar os resultados“, explica Franco.

Diagnóstico preciso com inteligência artificial

A identificação das ameaças é feita por meio de tecnologia que utiliza inteligência artificial. As imagens capturadas permitem visualizar quais áreas estão afetadas, o tipo de problema existente, presença de ervas daninhas e a porcentagem da lavoura impactada, indicando a localização e o percentual de infestação de cada planta daninha em cada talhão.

“A lavoura está sempre sujeita a pragas, doenças e variações climáticas. Com o nosso monitoramento, mais as imagens de satélite, a Taranis pode mostrar onde houve geada, queima de plantas ou impacto no canavial. Nossas imagens orientam o produtor em várias decisões durante o planejamento da cultura”, explica Franco.

Franco destaca que essa metodologia é única, e o histórico das informações fica registrado, permitindo ao cliente ter uma visão unificada ao longo do tempo. Isso possibilita, por exemplo, identificar se há aumento da população de plantas daninhas nos canaviais, avaliar a necessidade de revisar práticas agrícolas e orientar sobre qual herbicida usar, além de dosagem adequada para o controle.

O futuro da Taranis no Brasil

A empresa tem aprimorado ainda mais o monitoramento nas lavouras, com o objetivo de melhorar a identificação de doenças foliares. Franco comenta que, nos Estados Unidos, a Taranis já fornece informações sobre doenças para culturas de soja e milho.

A Taranis já possui o maior banco de imagens do mercado, obtidas com o uso de inteligência artificial e machine learning, treinados por mais de 200 milhões de pontos de dados e continuamente otimizados por sua equipe de especialistas.

Para o vendedor Flávio Castro, apresentar o serviço da Taranis aos produtores faz parte do processo natural de introdução de qualquer inovação no mercado. Ele destaca que o essencial é traduzir o processo do abstrato para o concreto, destacando os diferenciais.

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Ana Gusmão sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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