Em meio a um cenário de alta tanto dos custos quanto do preço da arroba bovina, o mercado brasileiro de reprodução animal ganhou força em 2020.
Segundo balanço divulgado nesta segunda-feira (8/2) pela Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), o uso de inseminação artificial apresentou crescimento de 32,8%, com 19,4% do rebanho inseminado no último ano ante 14,6% em 2019.
“Os resultados marcam definitivamente a inseminação artificial como uma das ferramentas fundamentais para o futuro da pecuária no Brasil, e colocam o país num patamar muito importante no cenário mundial. Em 5 anos, passamos de menos de 13 milhões de doses para 21,5 milhões de doses vendidas ao cliente final. O uso da inseminação sai de 11% e chega a quase 20%”, comemorou, em nota, o presidente da associação, Márcio Nery.
Segundo Nery, o baixo custo da tecnologia, de cerca de 1% a 2% do custo atual da produção, contribuiu para os resultados. “Ela atua não somente na ponta do aumento da produção de carne ou leite, mas também na importante redução de custos, quando se trabalha precocidade, fertilidade, resistência a doenças e eficiência alimentar”, afirma o presidente da Asbia.
No total, foram 14,9 milhões de doses produzidas em território nacional em 2020 e outras 10,7 milhões importadas, crescimento de 36% e 21%, respectivamente.
Apesar de a Asbia destacar que a inseminação está presente em 77% dos municípios brasileiros, os dados apontam diferenças regionais em relação ao uso, com percentuais variando de 41,5% do rebanho em Santa Catarina a 5,35% em Roraima.
Quando analisadas separadamente as atividades de corte e leite, os números também apontam diferenças: enquanto 11% das matrizes de leite foram inseminadas em 2020, entre as matrizes de corte esse índice passa de 22%. Com isso, a pecuária de corte respondeu por 75% das 21,6 milhões de doses vendidas em 2020.
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Do lado das importações, foram quase 7 milhões de doses importadas para pecuária de corte e 3,7 milhões para pecuária leiteira, avanço de 33,6% e 3% respectivamente.
“Estamos muito preparados para seguir crescendo em 2021, acreditamos que podemos crescer perto de 25%, e isso fará com que o mercado brasileiro atinja cerca de 30 milhões de doses, um marco que será extraordinário”, avalia Márcio Nery, presidente da Asbia.
As informações são da Revista Globo Rural.