Uso de cobre no café é alternativa para superar estresses que acometem a planta ao longo do ciclo e desenvolvimento adequado da cultura durante todo o ciclo
No maior estado produtor de café do país, Minas Gerais, a temporada de 2020 será de incremento na safra. Segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção do café arábica, carro-chefe da região, deve avançar 30,2% em relação ao ano passado, com 32,2 milhões de sacas. O crescimento, entretanto, exigiu diversos cuidados dos agricultores no manejo do cafezal. Neste cenário, os agricultores encontraram no uso de soluções nutricionais, como o micronutriente cobre, uma alternativa para superar estresses que acometem a planta ao longo do ciclo.
Esse é o caso do produtor Felipe Lemos. Além da produção de 25 hectares na cidade de São Sebastião do Paraíso (MG), o cafeicultor ainda atua como consultor técnico na região, e vivenciou os desafios da safra de perto. “Neste ano, observamos algumas deficiências nutricionais nas plantas e prejuízos à vegetação por conta do solo encharcado. Por isso investimos no uso de soluções nutricionais diversas, como o cobre, aminoácidos e cálcio. O que pudemos perceber foi uma melhora do pegamento da florada e de enchimento dos grãos. Além disso, com o uso do cobre tivemos uma maior retenção foliar, essencial para a definição do potencial produtivo da próxima safra, pois as folhas ajudarão na absorção de nutrientes e produção de fotoassimilados”, conta.
O cobre é essencial para equilibrar a produção do hormônio vegetal etileno. Em altas concentrações, a substância pode causar queda intensa das folhas do cafeeiro e maturação antecipada dos frutos. Além disso, com o manejo adequado, o cobre traz benefícios fisiológicos para a planta durante todo o seu ciclo, como explica o engenheiro agrônomo Marcos Revoredo, gerente técnico da Alltech Crop Science. “O cobre é um micronutriente relacionado a várias funções, como o processo de fotossíntese e a resistência natural da planta aos estresses oxidativos e climáticos. Portanto, é muito necessário em todos os períodos do cultivo, tanto na fase vegetativa, de crescimento de folhas e ramos, como também na fase reprodutiva, nos momentos de florescimento e frutificação. Uma planta deficiente desse nutriente terá uma queda maior de folhas, de flores e de frutos”.
Segundo Revoredo, o cuidado nutricional adequado é essencial nos períodos pré e de pós-colheita, contribuindo para uma recuperação mais eficiente. “A colheita dos grãos de café, seja de forma manual ou mecanizada, é uma fase muito estressante para a planta, pois terá quebra de ramos e folhas. Assim, acarreta em diminuição de seu metabolismo, que estará voltado para a recuperação. Então é de extrema importância que, tanto antes quanto depois da colheita, seja feito o manejo fitossanitário e de nutrientes, para que tenhamos uma maior atividade fotossintética”, afirma.
Como ainda ressalta o especialista, a manutenção da área foliar terá impactos, também, o desenvolvimento do cafeeiro nas safras seguintes. “As folhas são as grandes geradoras de energia para a planta, por meio do processo de fotossíntese. Os fotoassimilados serão destinados para o crescimento de ramos, enchimento e formação dos grãos, impactando diretamente na qualidade desse fruto. O cuidado durante todo o ciclo do cultivo, com a manutenção adequada das folhas, será essencial tanto no presente, quanto na safra seguinte, com o transporte de nutrientes e energia através dessas estruturas”, acrescenta Revoredo.
Orientação técnica
Para um fornecimento adequado de cobre no cultivo do café, Revoredo sugere o uso da solução biotecnológica Copper Crop, desenvolvida pela Alltech Crop Science. Contando com cobre de complexo orgânico em sua composição, o produto permite melhor aproveitamento do elemento, de forma sistêmica e segura. “A grande vantagem do Cooper Crop é sua formulação a partir de cobre biodisponível. Assim, observamos uma melhor absorção e resposta fisiológica da planta”, finaliza.