Usina Coruripe reestrutura ambiente tecnológico após Assessment de Transformação Digital

Realizado pela Logicalis, a avaliação de maturidade digital resultou na seleção de 30 projetos que serão implementados até 2024, com foco em metodologias ágeis.

Frente aos desafios da digitalização em larga escala no agronegócio, a Usina Coruripe, uma das principais e mais produtivas companhias do setor sucroenergético do Brasil, decidiu iniciar um amplo projeto de transformação digital. Para traçar um planejamento de longo prazo, o primeiro passo foi a contratação da Logicalis, empresa global de soluções e serviços de tecnologia da informação e comunicação, para realizar uma consultoria capaz de avaliar o nível de maturidade digital da empresa e definir as etapas da transformação alinhadas à estratégia da companhia. A iniciativa ainda envolveu o desenho das possibilidades que a empresa tem com a adoção de tecnologias digitais para melhorar a eficiência operacional. 

Após um trabalho de entendimento fim a fim – no qual foi utilizado um modelo de avaliação de maturidade de transformação digital e que envolveu a análise do ambiente e rodadas de entrevistas com os executivos de diversas áreas da empresa – o time de consultoria da Logicalis conseguiu ter uma visão sistêmica da companhia, identificando os principais desafios. A partir desse entendimento e da visibilidade de como a tecnologia pode potencializar os negócios, foram identificadas 52 oportunidades de melhorias. Destas, 30 foram selecionadas para serem implementadas em uma jornada de evolução de três anos, com ênfase na eficiência operacional, aumento da produtividade e aprimoramento da comunicação.  

“Queríamos entender como melhorar os processos da Usina e, para isso, tivemos diversas rodadas de conversa com os responsáveis pelas áreas. Esse processo de cocriação foi o grande diferencial. A proximidade com as áreas de negócios nos permitiu identificar a dor de cada uma delas, identificar como a tecnologia digital pode auxiliá-las e traçar, em parceria com a Logicalis, uma jornada que conversa perfeitamente com o mapa estratégico da empresa”, afirma Marcelo Jerus, CIO da Usina Coruripe.

Do planejamento à ação

Definidas as prioridades, a equipe de TI da companhia iniciou a implementação das soluções. Entre o fim de 2021 e o primeiro semestre de 2022, com a adoção de metodologias ágeis que priorizam a captura de valor, foram entregues 12 projetos de sistemas e de infraestrutura mapeados com a Logicalis. 

Um dos destaques foi a revisão da estrutura de comunicação com o objetivo de assegurar a conectividade no campo. Para isso, o time de TI da Usina, por meio de parcerias com provedores especializados, desenhou uma arquitetura de dados e criou uma rede LTE privada para cobrir mais de 85 mil hectares de extensão. Também houve a ampliação do número de pontos de acesso que cobrem as áreas da companhia de 47 para 82. “A comunicação era um grande desafio, uma vez que não tínhamos cobertura em muitas regiões. Para evitar atrasos nas entregas dos projetos, investimos na criação de uma infraestrutura robusta de redes de comunicação paralelamente à implementação de novas soluções”, conta Jerus. 

A iniciativa ainda envolveu a expansão do Wi-Fi da empresa para além dos escritórios, passando a abranger áreas de pátio e indústria, por exemplo, e a troca de desktops por notebooks, garantindo mais mobilidade às equipes.

O cuidado com a governança de TI permeou todos os projetos e foram adotadas as melhores práticas para garantir os controles necessários. Com tantas mudanças, os resultados já aparecem. Foram implementadas novas ferramentas voltadas a aprimorar os processos de Recursos Humanos, com foco em recrutamento e seleção de profissionais, retenção de talentos e gestão do headcount. 

Com à expansão do Wi-Fi, hoje todos os caminhoneiros que chegam na indústria de Iturama podem se conectar à rede, agilizando tarefas. No campo, os fiscais já podem preencher os formulários diretamente no sistema, fazer uso de aplicativos e se comunicar com a central agrícola, ganhando agilidade e eficiência operacional. Também já foi possível a conexão remota dos pivôs de irrigação, por meio de rede LTE, para fazer os acionamentos sem a necessidade de presença física no campo.

“Ouvir o usuário mais de uma vez, priorizar as entregas, refinar e alinhar os trabalhos foi essencial na hora de traçar a estratégia da jornada digital. Esse envolvimento dos funcionários no projeto de transformação também ajuda a combater possíveis resistências às mudanças implementadas”, destaca Jerus. “Ver os resultados surgindo é extremamente gratificante e mostra que um assessment consistente e uma execução cuidadosa são capazes de mostrar o potencial da tecnologia para colocar a empresa em outro patamar de gestão”, comenta Yassuki Takano, Diretor de Consulting Services na Logicalis.

Continuidade das ações  

Ao longo deste ano, novas iniciativas estão sendo implementadas, como o primeiro Chatbot da empresa para abertura de chamados na TI, que já tem integração com os robôs de reset de senha e vai garantir mais agilidade na resposta ao usuário. Concluída essa etapa, o boot deve ser adotado em outras áreas da companhia, como o RH.  

A empresa também está apostando em diversas plataformas como a de gestão de contratos, planejamento financeiro, digitalização do processo de manutenção industrial, RPAs, aplicativos e novas soluções para integração dos tratores à rede LTE.

Após a finalização desta jornada digital de três anos, iniciada com o apoio da Logicalis, a Usina aumentará a sua competitividade, eficiência e governança, agregando valor aos canais digitais e utilizando o potencial total de seus dados. A companhia também terá como benefício a agilidade e automatização de processos, diminuição de erros manuais, retrabalho e desperdício em processos e aplicações, além de mitigar riscos, interdições e transações no seu negócio.

Em um futuro próximo

No futuro, a Usina ainda pretende adotar a tecnologia de Internet das Coisas (IoT) para monitoramento dos tratores, controle da vibração e aquecimento do motor, verificação do consumo de combustível, análise da umidade do solo e na observação do funcionamento das caldeiras da usina. Mas, para que tudo isso seja possível, ainda há um caminho a ser percorrido, como comenta Thierry Soret, CFO da Usina Coruripe: “Estamos construindo uma infraestrutura robusta para suportar essas inovações”.

Para o executivo, a transformação digital é um caminho no qual não existe linha de chegada. “Fechamos um ciclo para iniciar outro. Entendemos que está é a primeira fase, em que entregaremos a infraestrutura e as plataformas básicas para aumentar o índice de automatização. A partir dela, iniciaremos a etapa de dados e analytics, sempre incorporando melhorias às nossas operações”, conclui Soret.

Fonte: Logicalis

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