Soja brasileira impulsiona PIB e lidera mercado global, aponta USDA

Com uma colheita recorde de 156 milhões de toneladas em 2022/23, o Brasil consolidou sua posição como principal produtor de soja, representando impressionantes 42,2% do total mundial estimado em 369,6 milhões de toneladas.

As últimas estatísticas divulgadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) destacam o papel central da soja brasileira no cenário agrícola mundial, não apenas como motor do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, mas também como líder incontestável no mercado global do grão.

No primeiro trimestre deste ano, a soja brasileira desempenhou um papel crucial no avanço do PIB do país, contribuindo significativamente para o crescimento de 18,8% no setor agropecuário, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com uma colheita recorde de 156 milhões de toneladas em 2022/23, o Brasil consolidou sua posição como principal produtor de soja, representando impressionantes 42,2% do total mundial estimado em 369,6 milhões de toneladas.

As projeções do USDA para a safra 2023/24 indicam que o país continuará liderando, com uma previsão de colheita de 163 milhões de toneladas, representando 39,7% da produção global estimada em 410,7 milhões de toneladas. Esses números demonstram a confiança do Departamento na capacidade de expansão da produção brasileira, mesmo diante das incertezas climáticas.

A liderança da nação se estende além da produção, influenciando diretamente as exportações globais de soja. O USDA estima que as exportações brasileiras atingiram 93 milhões de toneladas em 2022/23, correspondendo a 55,2% do total mundial. Para a próxima safra, a projeção é de que o Brasil mantenha sua posição dominante, exportando 96,5 milhões de toneladas, representando 56% do mercado global.

No cenário do milho, o Brasil também se destaca, registrando uma colheita recorde de 132 milhões de toneladas em 2022/23, contribuindo com 11,5% da produção global. O USDA projeta um aumento nas exportações brasileiras de milho, prevendo que o país ultrapasse os Estados Unidos como o principal exportador global nesta temporada 2022/23, com 31,1% do volume total.

Essas perspectivas positivas para a agricultura brasileira se refletem não apenas nos mercados globais de commodities, mas também na economia doméstica, impulsionando o PIB do país. Embora o segundo trimestre possa apresentar desafios após o pico da colheita de soja, as expectativas são de que o milho continue desempenhando um papel crucial no terceiro trimestre, sustentando o setor agrícola e contribuindo para a estabilidade econômica do Brasil.

Projeções para 2024 segundo o IBGE

Enquanto a soja brasileira continua a desempenhar um papel crucial na economia e nos mercados globais, o primeiro prognóstico para a safra de 2024, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sinaliza um declínio de 1,3% na produção em comparação com a safra recorde de 2023. Este recuo é estimado em 1.985.180 toneladas, refletindo principalmente uma redução na produção de milho, que deverá diminuir 5,6%, ou 7.331.066 toneladas.

Apesar dessa projeção de queda, a produção total de soja em 2024 ainda está estimada em impressionantes 149,8 milhões de toneladas, representando quase a metade da produção total de cereais, leguminosas e oleaginosas no país. O estado do Rio Grande do Sul se destaca como um ponto positivo, com uma projeção de crescimento de 65%, atingindo 20,9 milhões de toneladas.

O impacto dessa variação nas estimativas para a safra de grãos em 2024 é perceptível, com a produção nacional projetada em 308,5 milhões de toneladas, refletindo uma redução de 2,8% em relação à safra recorde de 2023. Essa queda é uma consequência direta das projeções menores para a soja e o milho.

O cenário regional mostra um quadro misto, com projeções de crescimento significativo no Rio Grande do Sul, contrastando com declínios esperados em importantes estados produtores como Mato Grosso, Paraná e Goiás. Essas variações regionais destacam a complexidade do setor agrícola brasileiro e as diferentes realidades enfrentadas pelos agricultores em todo o país.

A soja, apesar da previsão de uma ligeira redução na produção para 2024, continua a desempenhar um papel crucial nas exportações brasileiras e na dinâmica do PIB, sustentando a posição do Brasil como líder global na produção e exportação de soja. O mercado global continuará monitorando de perto essas projeções, dada a influência significativa do país no fornecimento mundial de commodities agrícolas.

Escrito por Compre Rural.

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ℹ️ Conteúdo publicado pela estagiária Juliana Freire sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira

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