Divulgação do relatório de estoques do USDA demonstrou uma redução maior que o esperado na produção de milho dos EUA, empurrando o preço para o maior valor dos últimos 11 meses.
Focado no recuo do dólar, o milho no mercado físico brasileiro não conseguiu ultrapassar a barreira dos R$ 69,00/sc. Com a moeda norte-americana se desvalorizando, os compradores reduziram os valores ofertados, travando o mercado de compra, já que os vendedores continuam reticentes nos preços. Na B3 o dia foi de intensa movimentação para o milho, o contrato para novembro/20 chegou a varia mais de R$ 3,00/sc durante o dia, mas acabou fechando cotado a R$ 70,88/sc, leva queda de 0,11% no comparativo diário.
Nos EUA, mais um relatório do USDA que mexeu forte com as cotações das commodities na CBOT, o vencimento para dezembro/20 valorizou 2,07%, batendo na casa dos US$ 3,95/bu, o maior valor desde 01/11/2019. O corte que veio acima do esperado pelo mercado foi na produção de milho nos EUA, enquanto o mercado aguardava algo em torno de 375,95 milhões de toneladas, o USDA divulgou 373,94 milhões de toneladas, essa produção menor foi o suficiente para fazer os preços finalizarem a semana em valorização.
Boi Gordo
No atacado paulista de carne bovina, a última semana foi encerrada com boa movimentação, porém, os preços pouco evoluíram. O boi casado foi majoritariamente negociado na faixa dos R$ 16,40/kg. Os relatos apontam para estoques baixos, o que pode manter os preços nos patamares atuais ou trazer reajustes positivos.
Na B3, a segunda semana de outubro encerrou com ajustes negativos nos contratos futuros. O outubro, fechou a sexta-feira (09) em R$ 258,90/@, queda diária de 0,99% com mais de 1.300 contratos negociados. Já o novembro, encerrou o dia com desaceleração de 0,80% na comparação diária e cotado a R$ 266,55/@.
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Soja
A referência da soja brasileira no mercado físico vai se tornando cada vez mais nominal dada a escassez de grão disponível no mercado. Novos negócios firmados têm como referências valores próximos dos R$ 160,00/sc, mesmo com o recuo do dólar para os R$ 5,53. O relatório de USDA impactou pouco o mercado físico de soja, graças a essa escassez de oleaginosa.
Com um corte 19% maior que o esperado pelos analistas, o USDA divulgou a previsão dos estoques de soja da safra 20/21 com 7,89 milhões de toneladas. Com isso, a cotação do vencimento para novembro/20 da oleaginosa em Chicago avançou 1,48%, batendo os US$ 10,66/bu, maior valor dos últimos 28 meses.