USDA amplia testagem de leite para H5N1 e busca retomar estoque de vacina nos EUA

A agência disse que acredita ser “prudente” buscar um estoque de vacinas que corresponda às cepas atuais dos surtos em aves selvagens e granjas comerciais.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou que mais 15 Estados foram inscritos no programa de Estratégia Nacional de Testes de Leite, que identifica a presença do vírus H5N1 da gripe aviária em rebanhos leiteiros. Agora, 28 Estados norte-americanos – que representam 65% da produção de leite dos EUA – fazem parte da estratégia. Além disso, a agência disse que acredita ser “prudente” buscar um estoque de vacinas que corresponda às cepas atuais dos surtos em aves selvagens e granjas comerciais.

Os reforços ocorrem em meio ao avanço do vírus em rebanhos leiteiros, com 919 afetados em 16 Estados até a última terça-feira, 7, segundo dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Além disso, os EUA registraram na última semana a primeira morte humana pela doença.

De acordo com o USDA, nos últimos 30 dias, foram identificadas infecções de H5N1 em rebanhos leiteiros de dois Estados, Califórnia e Texas, que são os únicos locais com detecções ativas, até o momento. Dos dois, apenas a Califórnia faz parte do plano de testagem. “A adição de 15 Estados deixa o USDA mais perto de conduzir a vigilância obrigatória e nacional do leite a granel em todos os 48 Estados contíguos (que exclui Havaí e Alasca)”, afirmou em nota.

Em relação às vacinas, a agência afirmou que pretende avançar com um contrato para vacinas licenciadas para começar a estabelecer um estoque. Contudo, as vacinas atuais contra HPAI, licenciadas ou não, não atendem aos critérios para serem consideradas ideais, segundo o USDA. “Embora existam vacinas licenciadas nos EUA para certos subtipos do vírus da influenza aviária (H5N1, H5N3 e H5N9), nenhuma delas está totalmente adaptada à cepa mais virulenta de H5N1 encontrada no surto atual”, destacou em nota. Em 2016, o departamento criou um estoque nacional de vacinas para uso em aves comerciais, que não foram utilizadas.

Segundo a agência, a adoção de uma vacina para aves é mais “difícil” na prática e pode ter implicações comerciais, além das incertezas sobre sua eficácia. Em contrapartida, a implantação de um candidato à vacina para bovinos leiteiros, adaptado à cepa atual, é mais viável e tem maior probabilidade de sucesso em parar ou retardar a propagação do vírus, disse o USDA. Pelo menos sete candidatos foram aprovados para ensaios de segurança em campo para vacinas projetadas para proteger vacas leiteiras contra o H5N1 até o momento, de acordo com a agência.

Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão? Para isso é só entrar em nosso grupo do WhatsApp (clique aqui) ou Telegram (clique aqui). Você também pode assinar nosso feed pelo Google Notícias

Não é permitida a cópia integral do conteúdo acima. A reprodução parcial é autorizada apenas na forma de citação e com link para o conteúdo na íntegra. Plágio é crime de acordo com a Lei 9610/98.

Siga o Compre Rural no Google News e acompanhe nossos destaques.
LEIA TAMBÉM