A “China suspende compras de carnes de unidades de JBS, Marfrig e Naturafrig”; Confira abaixo a decisão que afeta quatro plantas e valerá por uma semana!
Comunicado no dia de hoje, enviado ao Ministério da Agricultura, a China informa que estão suspensas por uma semana as exportações de carne bovina de mais quatro unidades brasileiras. A motivação da ação, novamente, teria sido por eles terem encontrado traços de COVID-19 nas embalagens de tais unidades.
A Administração Geral de Alfândegas da China (GACC, na sigla em inglês) suspendeu por uma semana as importações de carne bovina de quatro plantas brasileiras, localizadas em Mato Grosso e São Paulo. A medida afeta unidades de JBS, Marfrig e Naturafrig.
Segundo comunicado do órgão chinês enviado à embaixada brasileira em Pequim, os técnicos identificaram a presença de ácido nucleico do novo coronavírus na embalagem externa de quatro lotes de produtos congelados dessas empresas enviados para a China.
O comunicado sobre a suspensão foi feito nesta sexta-feira e valerá a partir de amanhã (16/4). A decisão afeta o frigorífico da JBS em Barra do Garças (MT), as plantas da Marfrig em Várzea Grande (MT) e Promissão (SP) e o abatedouro da Naturafrig em Pirapozinho (SP). Uma empresa argentina também foi suspensa por uma semana.
A GACC, vem suspendendo os embarques de algumas plantas frigoríficas do Brasil, após encontrar “traços de COVID-19” em embalagens oriundas de tais plantas. Empresas que já são recorrentes nestas listas, como a JBS e Marfrig, são as mais afetadas. Alguns especuladores de mercado, dizem que essa pode ser uma manobra para reduzir os preços dos contratos de exportações.
Uma das mais afetadas é, também, uma das maiores plantas da JBS. Além desse impacto negativo, a empresa enfrenta problemas de ociosidade de algumas de suas indústrias, o que já levou ao fechamento de uma de suas plantas, conforme noticiado aqui no Compre Rural, com exclusividade na última semana.
Pedidos da China
A GACC pediu também que a diplomacia brasileira repasse as informações para as autoridades competentes no Brasil “com a maior rapidez possível” e que estas solicitem às empresas uma investigação sobre a causa do problema para que ele seja corrigido.
O órgão chinês também requisitou que sejam seguidas as diretrizes de prevenção à covid-19 emitidas pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) “para evitar a contaminação do novo coronavírus e garantir a segurança dos produtos à base de carne exportados para a China”.
Ainda segundo as informações recentes, foram procuradas as instituições e, a Valor Econômico, a Marfrig disse que não comentaria. O Valor também procurou JBS e Naturafrig, que não haviam dado resposta à reportagem até a última edição desta matéria. O texto será atualizado caso as empresas se manifestem.
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Exportações semanais de Carne bovina in natura
As exportações de carne de carne bovina in natura dos 6 primeiros dias úteis de abr/22 ficaram em 48,15 mil toneladas, uma média de 8,02 mil t/dia, que representa um avanço de 4,21% ante a média vista em mar/22. Até o momento, o volume embarcado no mês corrente é 26,27% superior ao que foi visto na mesma ocasião em abr/21.
O preço médio mensal da tonelada ficou em US$ 6,16 mil, valorização de 4,39% ante a média registrada em mar/22. Com isso, as vendas externas da proteína vermelha no período geraram uma receita de US$ 296,53 milhões, equivalente a 49,59% do montante arrecadado com os negócios em todo abr/21, quando o valor da carne bovina in natura estava na média de US$ 4,77 mil/t.
Exclusivo Compre Rural com informações da Agrifatto, Valor Econômico e MAPA