Com 40 vagas anuais, a nova graduação passa a integrar o conjunto de cursos superiores ofertado no câmpus de Toledo, com possibilidade de ingresso a partir do próximo ano.
O Governo do Estado do Paraná autorizou a criação do Curso de Tecnologia em Aquicultura para a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). Com 40 vagas anuais, a nova graduação passa a integrar o conjunto de cursos superiores ofertado no câmpus de Toledo, com possibilidade de ingresso a partir do próximo ano. A instituição de ensino superior está com inscrições abertas para o Vestibular 2024 até 9 de novembro. O valor da taxa é R$ 196,00 que pode ser paga por pix ou boleto bancário.
A proposta do novo curso está alinhada ao potencial das atividades de pesca e aquicultura na macro e microeconomia do Oeste do Paraná, região considerada polo de referência nessa área, no âmbito estadual e nacional. Dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o Paraná lidera o mercado nacional de carne de peixe, com uma produção de 144,9 mil toneladas em 2021, que equivale a 25,9% do total produzido no Brasil (559 mil toneladas).
Vinculada ao Centro de Engenharias e Ciências Exatas (Cece) da Unioeste, a graduação é inédita no Paraná e irá formar profissionais para atuar no cultivo e manejo de produção de peixes, camarões, ostras e outros organismos aquáticos, incluindo o controle de qualidade da água e do solo. O mercado de trabalho abrange empresas de produção e beneficiamento de pescados, além de carreira no setor público e atividades autônomas relacionadas à cadeia produtiva da piscicultura.
A carga horária total prevista é de 2.400 horas, sendo 1.020 horas distribuídas em 35 disciplinas, que abrangem biologia, botânica, ecologia, química, genética, entre outras matérias, ao longo de três anos de curso. O restante da carga horária contempla extensão universitária, atividades complementares, estágio supervisionado e o trabalho de conclusão de curso (TCC).
Depois de formado, o tecnólogo em Aquicultura pode participar do programa de ocupação de vagas ociosas da Unioeste, na modalidade de portador de diploma de graduação, e seguir por mais dois anos, caso seja aprovado, no Curso de Bacharelado em Engenharia da Pesca. Também é possível participar de seleções para mestrados em quaisquer instituições de ensino superior, a exemplo do Programa de Pós-Graduação em Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca, disponível na Unioeste, também no câmpus de Toledo.
Segundo o coordenador do Curso de Tecnologia em Aquicultura da Unioeste, professor Pitagoras Augusto Piana, o curso foi pensado para suprir a expansão do mercado de trabalho e atender a demanda por profissionais habilitados.
“O profissional formado nesse curso vai estar habilitado para atuar no setor aquícola, que exige formação rápida e qualificada de profissionais habilitados, que possam atuar nos diversos elos da cadeia produtiva, desde o melhoramento genético de reprodutores, codificações genômicas e desenvolvimento de vacinas contra patógenos”, afirma.
O curso tecnológico de Aquicultura é ofertado em poucas instituições do Brasil, a exemplo da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), em Uruguaiana, no Rio Grande do Sul; da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), em Recife, na região Nordeste; e dos institutos federais de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (IFPA) e de Roraima (IFRR), nas cidades de Castanhal e Amajari, respectivamente.
Legislação
A proposição de cursos para as universidades estaduais do Paraná segue a Lei 20.933/21, denominada Lei Geral das Universidades (LGU). Essa legislação estabeleceu critérios para o custeio de novos cursos e possibilitou a ampliação de vagas sem aumento de despesas para o Estado. Em abril deste ano, a Unioeste implantou o curso de Tecnologias Educacionais com ênfase em Humanidades que será ofertado no câmpus da Unioeste em Marechal Cândido Rondon, no Oeste.
Vestibular
Com mais de 60 opções de cursos de graduação, entre bacharelados, licenciaturas e tecnológicos, a Unioeste conta com câmpus nas cidades de Cascavel, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Marechal Cândido Rondon e Toledo. A prova do Vestibular 2024 será aplicada em 17 de dezembro nos cinco municípios onde estão localizados os câmpus, além de Curitiba, Maringá, Guarapuava e Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
O conteúdo programático tem como base o currículo do ensino médio, estruturado em três áreas: linguagens (redação, língua portuguesa, literatura brasileira, língua estrangeira moderna – espanhol/inglês); ciências humanas (filosofia, geografia, história e sociologia); ciências da natureza e matemática (biologia, física, matemática e química).
Pela manhã, o candidato fará a redação e responderá 21 questões de língua estrangeira, literatura e português. A prova com os demais conteúdos (56 questões) será aplicada no período da tarde.A Unioeste assegura um sistema de cotas com porcentagem das vagas para candidatos que concluíram o ensino médio em escola pública, estudantes que se autodeclaram preto ou pardo e pessoa com deficiência. Para o curso de licenciatura em Letras/Libras, os candidatos surdos têm prioridade de acesso, em conformidade com a legislação vigente.
Fonte: Agência Estadual de Notícias
ℹ️ Conteúdo publicado por Myllena Seifarth sob a supervisão do editor-chefe Thiago Pereira
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