Unica: setor sucroenergético está pronto para transição impulsionada pelo E30

O estudo, conduzido pelo Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), foi apresentado pelo Ministério de Minas e Energia (MME).

São Paulo, 19 – O setor sucroenergético brasileiro está preparado para mais um salto em sua trajetória para impulsionar a transição energética. Essa foi a mensagem central do presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), Evandro Gussi, durante o anúncio dos resultados dos testes que comprovam a viabilidade técnica do aumento da mistura de etanol na gasolina dos atuais 27% para 30% (E30).

O estudo, conduzido pelo Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), foi apresentado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e teve a presença de representantes do setor automotivo, produtores de etanol, parlamentares e especialistas em tecnologia.

“O setor sucroenergético está pronto para essa transição e para seguir gerando benefícios ambientais, sociais e econômicos para o País”, afirmou Gussi, em nota distribuída pela Unica, destacando que o E30 representa um avanço significativo na consolidação do etanol como um combustível estratégico para o Brasil. Segundo ele, a medida reforça a segurança energética nacional, reduz a dependência de importações de gasolina e posiciona o País na vanguarda da transição energética global.

Os resultados do estudo mostram que o E30 não prejudica o desempenho dos veículos e motocicletas testados, além de reduzir em 1,7 milhão de toneladas as emissões anuais de gases de efeito estufa. A transição também deve aumentar a demanda por etanol em 1,5 bilhão de litros por ano, impulsionando a produção nacional de biocombustíveis.

“Estamos falando de um importante ativo brasileiro, cada vez mais reconhecido pelo mundo”, ressaltou Gussi, lembrando que o etanol traz benefícios para os consumidores, a economia e o meio ambiente.

O presidente da Unica também destacou o compromisso do governo e do Congresso Nacional em avançar no marco legal que reconhece o papel dos biocombustíveis na transição para uma economia de baixo carbono. Ele citou exemplos internacionais, como Japão, Índia e países do Sudeste Asiático, que já adotaram ou estão aumentando a mistura de etanol em sua gasolina. “O Brasil, novamente, lidera esse movimento”, afirmou, reforçando a posição do país como referência global em energias renováveis.

Com a confirmação da viabilidade técnica, o próximo passo será a análise da proposta pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Se aprovada, a medida deve proporcionar 25 mil empregos e atrair R$ 9 bilhões em investimentos para o setor, consolidando o E30 como mais um marco na trajetória do Brasil rumo à sustentabilidade e à independência energética.

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