Pesquisadores da Embrapa, registram casos de abortamento drástico de vagens e casos em que as vagens permanecem nas plantas sem os grãos completarem seu pleno desenvolvimento
Uma coincidência de fatores climáticos, com excesso de umidade no solo e no ar e baixa luminosidade, é a explicação mais aceita para o abortamento de vagens e enchimento de grãos abaixo do esperado em algumas lavouras de soja no Brasil. A informação consta de nota técnica divulgada nesta quinta-feira (25/1) pela Embrapa Soja, de Londrina (PR).
A nota ressalta, porém, que o problema é pontual, ocorre em “lavouras específicas” e o desenvolvimento da soja está normal na imensa maioria das plantações desta safra 2017/18. “Por isso, estima-se que não haverá redução significativa da produção de soja por abortamento e queda de vagens”, diz a Embrapa Soja.
Conforme os pesquisadores da instituição, têm sido relatados casos de abortamento drástico de vagens (acima de 50% e em alguns casos chegando a 100%) e casos em que as vagens permanecem nas plantas sem, contudo, os grãos completarem seu pleno desenvolvimento. A situação tem ocorrido principalmente no oeste e norte do Paraná e no Médio Paranapanema, em São Paulo.
“No entanto, os casos são pontuais e de distribuição aleatória, com baixa representatividade perante o total de lavouras comerciais desses Estados”, reforça a nota técnica, assinada pelos pesquisadores Adilson de Oliveira, Alvadi Antonio Balbinot Junior, Carlos Lásaro Pereira de Melo, Claudine Dinali Santos Seixas, Divania de Lima, José Salvador Simoneti Foloni, Norman Neumaier e Ricardo Abdelnoor.
POR ESTADÃO CONTEÚDO