O setor citrícola brasileiro está alerta em relação ao greening, praga com potencial para destruir pomares inteiros caso as medidas corretas de controle não sejam adotadas.
A inviabilidade da citricultura afeta diversos profissionais (são 200 mil empregos diretos e indiretos) e setores da sociedade, dos citricultores aos trabalhadores rurais, passando por empresários e transportadores e chegando aos consumidores finais da laranja e do suco.
A campanha #unidoscontraogreening foi criada pelo Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) para unir todos os elos da cadeia produtiva de citros e da sociedade no enfrentamento da doença:
Citricultores: os produtores de laranja devem promover ações de manejo conjuntas, como pulverizações simultâneas, e conversar com vizinhos que possuam pomares abandonados, que podem se tornar fonte da bactéria do greening;
Governos municipais: os governos locais podem criar leis que proíbam plantação de murtas, também chamadas de damas da noite, em áreas públicas. As murtas são plantas muito comuns na arborização da área urbana. No entanto, essas árvores atraem o inseto transmissor da bactéria do greening para alimentação e reprodução. Uma vez contaminados, eles podem levar a doença a pomares na zona rural;
População: pés de laranja ou limão mantidos em quintais, sítios e chácaras e que não recebem o controle químico recomendado também podem se tonar fonte da bactéria do greening. O inseto transmissor da praga é atraído para estas plantas, que, uma vez contaminadas, deixarão de ser produtivas e transmitirão a bactéria a outros insetos, que disseminarão a doença por pomares da região. A sugestão é que, nestes casos, os pés de laranja ou limão sejam substituídos por uma árvore de outra fruta. Além disso, as murtas, presentes em várias casas, também podem abrigar o inseto.
Fonte: Fundecitrus