Microbiologia do solo auxilia na evolução produtiva de cafés especiais; cultivo exige que os produtores ampliem e melhorem técnicas agrícolas, mitigando os efeitos dos estresses bióticos e abióticos
O Brasil tem registrado aumento no consumo dos cafés especiais, em relação aos grãos utilizados no dia a dia pela população, e o mesmo tem ocorrido com as demandas do mercado externo. Dados do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) apontam que os cafés especiais já representaram 15% das exportações totais brasileiras do produto de janeiro a maio de 2022, com o envio de 2,5 milhões de sacas ao exterior.
Essa classificação refere-se aos cafés que conquistam ranking acima de 80 pontos (em uma escala que vai até 100) pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), com certificado de sustentabilidade e rastreabilidade. O selo indica grãos da mais alta qualidade, com pouco ou nenhum defeito e com caráter distintivo no copo.
Para que o cafeicultor siga cada vez mais aumentando seus rendimentos e a qualidade do cultivo, é preciso que invista constantemente em novas tecnologias, além de ampliar e melhorar o uso de técnicas agrícolas.
Os especialistas indicam que para garantir a sustentabilidade na produção de cafés com qualidade superior, o produtor deve buscar mitigar os efeitos dos estresses bióticos e abióticos, fazer o bom manejo de pragas e doenças e usar insumos que promovam a qualidade do seu produto. “Esse processo é complexo, mas possível e, sem dúvida, começa a partir do solo”, destaca Éderson Santos, biólogo e gerente de portfólio da Biotrop, empresa brasileira líder em soluções biológicas e naturais.
Isso porque o solo é considerado o principal agente do sistema produtivo agrícola, já que sustenta as plantas e viabiliza a dinâmica de absorção de água e nutrientes para o desenvolvimento vegetal. Cada parte do solo abriga “amigos invisíveis” do produtor rural: os microrganismos benéficos. São diversas espécies auxiliando no desenvolvimento das plantas de diferentes maneiras, como por exemplo ampliando a oferta de água e nutrientes.
“Para alcançar a qualidade necessária para a classificação do café especial, assim como o máximo potencial produtivo na lavoura, é fundamental conhecer a fundo suas áreas de cultivo”, reforça o biólogo. Dessa forma, a Biotrop tem auxiliado produtores através do Agrobiota, uma iniciativa inédita no mundo em escala comercial, que investiga de forma minuciosa a vida no solo através da metagenômica.
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Com a técnica, é feito o estudo da biologia do solo, seu microbioma, permitindo avaliar a saúde e aptidão agrícola. Realiza ainda o sequenciamento, identificação e quantificação do DNA presente, identifica os agentes biológicos a nível de gênero e discrimina a função biológica, detectando e quantificando ameaças latentes e necessidades funcionais. “O objetivo do Agrobiota é que o estudo permita realizar recomendações personalizadas para qualquer área analisada”, pontua Éderson.
Na prática, após a coleta no campo, as amostras vão para o laboratório especializado da Biotrop. Com base nos resultados, a empresa realiza recomendações específicas de bioinsumos. “Todo esse trabalho está fundamentado em pilares que, ao final, vão permitir a melhoria da sanidade e vigor das lavouras, e consequentemente o aumento da qualidade, rentabilidade e produtividade do café”, descreve o profissional.
O Agrobiota é realizado para clientes Biotrop por meio do Biopontos, programa de relacionamento da empresa que oferta serviços e produtos exclusivos, visando maximizar a eficácia dos bioinsumos.