O pacote preliminar inclui a proibição das importações de ouro russo para a União Europeia (UE), uma proposta divulgada em junho e que entraria em vigor.
A Comissão Europeia deve adotar nesta sexta-feira (15) seu sétimo pacote de sanções contra a Rússia, que adicionará uma proibição à importação de ouro russo e ajustará as medidas restritivas existentes para evitar prejuízos às exportações de alimentos, disseram duas autoridades à Reuters.
As novas medidas são consideradas “um pacote de manutenção e alinhamento”, disse um dos oficiais, referindo-se a elas como um “sexto e meio” conjunto de sanções por seu escopo limitado em comparação com rodadas anteriores que atingiram petróleo ou carvão russos.
No entanto, algumas medidas podem ter um impacto significativo nos setores afetados.
O pacote preliminar inclui a proibição das importações de ouro russo para a União Europeia (UE), uma proposta divulgada em junho e que entraria em vigor com a adoção das novas sanções.
A Comissão da UE deve adotar as novas medidas ainda nesta sexta-feira, disseram as duas pessoas que não quiseram ser identificadas. Os enviados da UE devem discutir o novo pacote na próxima semana para aprovação final antes das férias de verão no hemisfério Norte.
Uma fonte disse que as importações de ouro russo através de terceiros países também seriam afetadas, mas não detalhou como isso funcionaria.
Bruxelas também reforçará as medidas existentes, com novas restrições às importações de bens que podem ser usados para fins militares, incluindo produtos químicos e máquinas, disse a autoridade.
Novos indivíduos e entidades considerados próximos do Kremlin também serão adicionados à lista de restrição da UE que exige o congelamento de seus ativos e proibições de viagens, de acordo com as duas fontes e uma outra autoridade da UE.
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A Comissão também alterará as sanções existentes para garantir que não afetem as exportações de alimentos e grãos da Rússia, disseram os três funcionários.
Os países africanos disseram que as sanções da UE contribuíram para a atual crise alimentar, causada principalmente pela guerra na Ucrânia e pelo bloqueio russo aos portos ucranianos de onde os cereais geralmente são exportados para o mundo.
A UE há muito nega que suas sanções tenham afetado o comércio de alimentos. Os ajustes propostos visam garantir que as regras não sejam mal interpretadas pelos comerciantes, incluindo a proibição de acesso de navios russos aos portos da UE, disse uma autoridade.
Sob essa medida, os navios russos já podem entrar nos portos da UE se transportarem alimentos ou medicamentos.
Mas alguns comerciantes evitaram alimentos exportados de portos russos que são de propriedade indireta de empresas estatais russas que receberam sanções de Bruxelas. O novo pacote vai esclarecer que estes portos estão isentos de sanções, disse a fonte.
A Comissão também deve reforçar a proibição existente de navios russos que entram nos portos da UE para impedi-los de contornar as sanções ao descarregar suas cargas em docas externas, disse a fonte. Para esse efeito, a definição de portos deve ser alargada.
A proibição da oferta de serviços de nuvem ocidentais a clientes russos, inicialmente considerada para o novo pacote, está sendo mantida para rodadas futuras, já que a medida está sendo coordenada agora com os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, cujas empresas dominam o setor, disse o funcionário.